EMPOLGANTE VER NOSSOS JOVENS QUEBRANDO BARREIRAS

A gente vê a criança na rua, que logo torna-se uma adolescente tímida e de repente se vê diante de uma acadêmica de Psicologia, desenvolta e com ótima argumentação. 

Assim é Alice Furlani, que veio nos entrevistar para uma trabalho de Faculdade, abordando o sentimento de quem está envelhecendo.

Muito bom ver um(a) jovem que fura a barreira e sai de um distrito rural para se qualificar, podendo até voltar, mas com outra visão de mundo.

Na minha entrevista respondi que a minha dificuldade tem sido a de ter chegado  na terceira idade mas a cabeça ficou com os impulsos de um jovem.

Aquele muro é fácil de pular, eu passo naquela cerca, salto aquela pedra... mas na hora da verdade o corpo não acompanha.

Falamos também da dificuldade de nosso idosos em relação aos deslocamentos para Muriaé para tratamento de saúde. Embora tenhamos, um ótimo atendimento aqui na UBS, há algumas limitações em certos procedimentos e exames.

Aí os problemas aparecem: 6 km sem pavimentação e não há ônibus quando chove. Também mesmo com uma chuvinha mansa, estrada boa a empresa por si só decide não cumprir horários, sem qualquer explicação. 

Achou pouco? Sistematicamente, como aconteceu ontem pela segunda vez em uma semana, o ônibus apresenta defeito no meio do caminho.

Veja aí. Tive de ir pegar a nossa professora de música, que estava sendo aguardada pelos alunos no GAB.

Hoje ela não pode descer no horário do almoço pois também não houve ônibus.

Claro que os impactos disso refletem na população em geral, mas como estamos falando de idosos, foquei o problema mais neles, que também precisam ir e vir a Muriaé para receberem pagamento.