A HISTÓRIA DEVE SER VALORIZADA
Nessa semana D. Nina foi procurada por 5 estudantes de nossa Escola Estadual, que tinham como objetivo fazer com ela uma entrevista, como trabalho de História. A Professora Kézia agendou com ela esse encontro.
No início, D. Nina abriu conversas sobre tema diversos como problemas de fronteiras, que possibilitam entrada de drogas e armas, falou de feminismo, despertando nas estudantes a necessidade da mulher assumir possição na vida, sem dependência masculina. Falou da necessidade de se abordar o tema educação financeira.
E a conversa foi se estendendo. Falou de namoro, preocupação com uma gravidez indesejada, quando a mulher acaba abandonando sonhos em função disso.
Em relação ao tema do trabalho, D. Nina respondeu que é possuidora de 4 cursos superiores e que a vontade de escrever um livro sobre a história de Belisário veio da conversa que ouvia em família sobre essa terra, para onde veio seu bisavô Belisário Alves Pereira, partindo para cá com sua família e pessoas interessadas em aqui recomeçarem a vida, vindo eles da região de Ubá, e Rio Branco.
A região era atrativa "Clima ameno e águas claras", como declarado por Belisário, quando aqui chegou, comparando-a a regiões da Europa, mas a família falava das muitas dificuldades que aqui encontraram, quando do início da fundação de Belisario.
Tudo isso e muito mais ela conseguiu através de conversas com pessoas, anotações, pesquisas históricas sendo ajudada pelo Dr. Flávio Calais, através do Arquivo Histórico Mineiro.
D. Nina falou do Jornal de Belisário, o JB, cujas cópias encontram-se no Museu Tic-Tac, por ela fundado.
Também falou sobre a criação da Rádio Itajuru, e para isso contou com a ajuda do Sr. Almir Toko, com um Advogado, um Contador e cedendo os equipamentos.
Respondeu que fez isso com recursos próprios e também através de um prêmio que ganhou do antigo Banco Real, dentro de um programa que tratava de temas relativos ao envelhecimento. D. Nina era "Gente que Faz".
Na Rádio Itajuru destaca ajuda de vários, dentre eles Sr. Paulino Balbino, que doou a laje do espaço onde também funcionava a sede dos Alcoólicos Anônimos. Também do Sr. Edison Luiz, que planejou e construiu o espaço. Janelas e portas foram doadas pelo comércio local.
Tudo isso pode ser confirmado através da pag. 585, Tomo III-História de Belsiário, de sua autoria. O livro se encontra no Museu Tic-Tac, no GAB
A conversa foi se estendendo com D. Nina falando da modernização dos mercadinhos, com a retirada dos balcões que isolavam os frequeses.
Teceu comentários sobre o CAC, um centro de aprendizagem que aqui funcionou, vindo a transformar-se na Escola Estadual, em terras doadas pelo benemérito Olindo Jorge Vital e também lembrou do PRODEMATA, um programa de desenvolvimento criado no governo de Francelino Pereira.
Ela falou de sua decisão de construir o prédio do GAB. Sem dúvidas essa foi uma enorme visão de futuro de sua parte. O espaço hoje faz toda a diferença na recepção de pessoas, capacitação da comunidade, realização de eventos, etc.
As entrevistadoras foram Aylla Pires Motta, Claudiane Oliveira, Débora Moisés, Maria Laura Moisés, Camilly Laia todas com 16 anos e cada uma delas pôde falar de seus sonhos em termos de formação e profissão, após a conclusão do Ensino Médio: Estética, Direito, Medicina Veterinária, Fisioterapia e Psicologia.
Como sempre diz Dr. Flávio, existe um Belisário antes de D. Nina Campos e um Belisário depois de D. Nina Campos.
É isso mesmo, dr. Cléber. Foi uma visita que poderia ter durado o dia inteiro.
ResponderExcluirContou também com a presença e ótima ajuda da dra. Mirian Sigiliano Paradela, o que agradecemos muito. Respondendo às perguntas das alunas nessa visita, citei que se fiz alguma coisa de bom em Belisário, durante os 25 anos da construção do GAB, de 1991 a 2015, foi porque encontrei aqui muita receptividade, colaboração dos citados acima e de muitos outros. Também, o povo todo apoiava e participava de nossas iniciativas, à medida que me conheciam e iam confiando nas minhas intenções. Povo muito inteligente, comedido e bem intencionado como é todo mineiro. Gostei muito das alunas, todas de 16 anos de idade. Estão indo muito bem nos seus estudos e no seu despertar para a vida. Têm plena consciência de que estão com seu futuro chegando e de que somente elas, cada uma, tem que batalhar para alcançar valiosas conquistas. E de que a vida é de grande significado para nós mesmos, para o próximo e para o chão que nos recebe.