PEGAMOS NOVAMENTE A ESTRADA
Foi na manhã desse domingo, por volta das 7 horas. Já saímos de Belisário com cerração e chuva. Ela vai nos acompanhar em grande parte da viagem.
Não vai dar para ficar mostrando muita coisa. Já estamos en Fervedouro, entrada para Carangola, minha terra natal.
Uma bela e produtiva região do Caparaó, rica em bons cafés.
E já estamos em Governador Valadares, onde também tive a minha infância entre 2 aos 6 anos.
Minha irmã mais velha me trazia para tomar banho no Rio Doce e conta que um dia quase morri afogado nele. Fui puxado pelos cabelos.
Na terra das pedras preciosas vendidas em muitas barracas na beira da estrada. Aqui é a terra da poderosa família Aspahan, que vou visitar algum dia desses, aqui em Salvador. Terra também da querida Bispa Marisa, aquela que fez a reflexão em meu niver, lá em JF, no mês passado.
Entrando no Vale do Jequitinhonha, que já foi miseravelmente pobre. Houve muitos investimentos por aqui e é perceptível melhorias sociais.
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O cenário vai mudando. O verde dá lugar a uma terra árida, sem água, plantações, animais...
Já houve evoluções por aqui, desde que passei a viajar pela BR 116, a partir de 1996. Mas ainda o cenário é sofrido.
Seca total.
Agora a chuva nos deu trégua, mas preferiria ver chovendo aqui. Estamos chegando em Itaobim, onde vamos nos hospedar. O Rio Jequitinhonha está logo à frente e vamos atravessá-lo.
Já dormimos aqui outras vezes.
Eram 15:50h e o Galo iria enfrentar o Santos às 16 horas. Sem a minha torcida seria arriscado o resultado. Ganhamos de 2 x 0. Afinal era um jogo histórico, de inauguração de nosso estádio, a Arena MRV.
Já na manhã de segunda, saímos antes das 6 h do hotel sem nem mesmo esperar o café. Tínhamos muito chão pela frente.
Depois de alguns quilômetros voltamos a pegar chuva.
O trecho começa a ficar rico em pedras com formatos interessantes, depois de Jequié.
Perdemos quase meia hora nesse ponto. Um acidente com uma carreta atravessada na pista.
E outra pegando fogo.
Entrando no Estado da Bahia. Tenho muita traquilidade por ter, com minha família dupla cidadania: mineira e baiana. Aliás, eles têm 3, também a italiana. Se o governador Zema inventar qualquer coisa em Minas, contra nordestinos, volto pra Bahia.
Retas incríveis de mais de 30 km.
Chegando na dinâmica cidade de Vitória da Conquista. Aqui vamos tomar um bom café da manhã, que substituirá o almoço.
A direção requer muita concentração. São necessárias infinitas ultrapassagens de longas carretas, em alta velocidade. Consegue ver o final da reta?
Terras absolutamente secas. O nordestino é, realmente, um forte.
Em Jequié esse cidadão tira areia de dentro do rio, com uma pá. Uma baita ignorância chamar baiano de preguiçoso. Trabalhei 15 anos com eles e posso comprovar isso.
Aqui eu sempre lavo meu carro, que estava imundo, com chuva e respingos de lama da estrada.
Vá vendo as pedras...
A minha linha férrea era bem mais conservada que esta.
Muitas barracas com artesanatos regionais.
Muitos vendedores no meio da pista. Estava aguardando algum vendendo castanha de caju e achei. Aqueles vendedores que você vê vendendo coisas na estrada Itamuri-Muriaé, nas obras quando o trânsito para, são todos nordestinos, que alguns chamam de preguiçosos.
Se conseguíssimos levar umas 10 famílias nordestinas para Belisário, farto em água, certamente que faríamos uma revolução na região, sem mão de obra para o trabalho rural.
Deixando finalmente a BR 116, que pegamos em Itamuri. Entramos no anel rodoviário de Feira de Santana, outra próspera cidade baiana.
Já em Salvador. Essas imagens a Bahiatursa não lhe mostra, mas é uma realidade da cidade.
Essa pode mostrar para o turista.
Já na portaria do prédio de André/Mari.
Uma enorme alegria de ambas as partes o encontro com o filho, nora e os netinhos baianos. Olha a cara de Gui ao receber umas guloseimas compradas em Vitória da Conquista!
Não pense você que vamos ficar entupindo os netos de doces e chocolates, como fazem muitos avós. Isso foi só na chegada e quando os pais viajarem para o Japão semana que vem. |
Um dos motivos de virmos de carro é este: Abacaxis comprados na porta de casa, mel, torresmo, lombo já cozido, carne seca dos Paulinos, costelinha, queijo frescal do Robertinho, linguiça do compadre Tuti, ovos caipira vindos da Dilene, limões do primo Marcus Campos, 50 pacotes de doces do Calaisinho, para distribir entre os muitos amigos baianos...
Graças a Deus uma viagem muito tranquila, embora longa. Mais de 18 horas em dois dias, com 1.300 kms.
Bravo! Isaias, da Cibele.
ResponderExcluirBom passeio. Curte bastnte os netos e a cidade histórica!
ResponderExcluirVi que viajaram com muito juízo, merecendo mesmo os dois gols do Paulinho na inauguração da bela arena do Galo! Gostei de ver um pouquinho do rio Doce, Governador e Teófilo Otoni, que ainda não conheço. Os meus sete anos de Caratinga não foram suficientes para fazer turismo, apenas estudava o secundário, cumpria meu papel no time de vôlei da cidade e aprendia a dançar no clube da Prefeitura. Fotos belíssimas vocês chegando aí em Salvador, em casa do filho e sua joia de família.
ResponderExcluirViagem de bênçãos merecidíssimas. Belos registros.
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