CUIDAR DA ÁGUA

Esse foi o tema do forum que aconteceu nessa tarde de sábado na Escola Estadual Pedro Vicente de Freitas. Curiosamente, quando ia iniciar uma chuvinha caiu no distrito. Já que o tema é água...

O artista Farinhada presente, tocando músicas próprias para o tema a ser abordado.
O diretor da escola, José Antônio Carneiro, saúda os presentes e deixa o comando do Forum com o Frei Gilberto.
Uma grata surpresa as presenças do nosso Prefeito, Dr. Marcos Guarino e da Secretária de Direitos Humanos Tatiana Rangel Viana. Eles são muito, presentes no que acontece nesse alto de serra. Quase toda semana passam por aqui.
Esses são alunos do curso de ensino superior de Licenciatura em Química,  do  IF-Itaperuna.
Esse outro são alunos do curso técnico, integrado ao ensino médio, da área de Química, do mesmo Instituto de Educação. 
Muito bonitinho uma apresentação de Valentina, da comunidade Carangolinha de Cima, de Divino exaltando a importância da preservação da água.
Também dessa mesma comunidade uma palavra de Renata de Souza Gomes, uma agricultora agroecológica, educadora popular e integrante do Conselho Gestor do Parque Estadual Serra do Brigadeiro.  
Ela narra os avanços havidos na comunidade na qual está integrada, com a recuperação de nascentes, construção de fossas sépticas e biodigestores, atendendo 51 famílias.
Fala da recuperação de valores culturais rurais como a roda d'água, moinho de fubá ...
Outra exposição do Padre Claret, do MAB- Movimento dos Atingidos por Barragens, na cidade de Congonhas. Ele fala do temor de populações que moram abaixo de barragens naquela região, com destaque para a barragem Casa de Pedra, a maior barragem de rejeitos de mineração localizada em território urbano na América Latina, com 103 milhões de metros cúbicos de lama e rejeito, sendo ela construída com o mesmo método "a montante", da barragem de Brumadinho, que ruiu e causou aquele lastimável estrago resultando 270 mortes. Abaixo dela vivem cerca de 5 mil pessoas.
O Padre Claret faz comparativos com o desproporcional volume de água consumida diariamente por cerca de 50 mil moradores da cidade, próximo de 33 metros cúbicos,  e o volume gasto pela mineradora, mais de 1 mil metros cúbicos diários. 
Também dos prejuízos decorrentes do rebaixamento do lençol freático, o que leva, às vezes, recorrer-se à água da CSN para atender à população.
Compara o desproporcional orçamento da prefeitura com o faturamento das mineradoras.
Depois de sua palestra eu lhe falei do prazer de ter com ele viajado pelos pontos por citados: Congonhas, Casa de Pedra, Caetano Lopes, Jeceaba e Brumadinho. Poxa! Esse era o meu trecho ferroviário, quando Engenheiro Residente em Conselheiro Lafaiete. Na minha época não havia os riscos ambientais por ele citados.  
Mais uma exposição, agora pelo Professor Adriano Ferrarez, do IF-Itaperuna.
Ele fala de sua luta contra a construção de sucessivas usinas hidroelétricas na região, o que "mata" um rio onde ela é construída.
Condena a mineração e mostra a sua preocupação com a extração de lítio, que tende a aumentar, para a utilização de baterias de automóveis elétricos.
Fez outras ponderações que deixamos de registrar.
O amigo Renato Galuzi da Comunicação Social da Prefeitura presente, acompanhando o Prefeito e a Secretária. Só não gosto de sua camisa.
O prefeito trouxe uma palavra destacando as dificuldades em relação às enchentes do rio Muriaé, que não podem ser solucionadas com simples dragagem, como pensam alguns, já que a caixa do rio já está compactada. Cita erros  até de posicionamento das redes de esgoto em sentido contrário à corrente do rio, trazendo retorno do esgoto para as casas. Ele informa ter um estudo pronto, feito por especialista, para amenizar o problema. Está em busca de recursos para poder realizá-lo.
Respondendo uma pergunta, ele descarta a possibilidade de sair de sua caneta qualquer manifestação  favorável à extração de minério na Serra do Brigadeiro.   
Uma última exposição da Professora Dra. Irene, da Universidade de Viçosa. Ela fez veementes manifestações contra agrotóxicos e sementes transgênicas que, segundo ela, trazem graves prejuízos para o solo e para o organismo humano. Também aponta malefícios pelo crescente aumento no número de cabeças de gado, o que acarreta alta emissão de gás metano, emitido pelos bovinos devido à fermentação decorrente do processo digestivo destes, o que aumento o efeito estufa, intensificando, o aquecimento global. Fala também da necessidade de se rever a alimentação do brasileiro que, segundo ela, consome 6 vezes mais carne do que o necessário, e também da necessidade de mais uso de alimentos naturais na mesa do brasileiro. Condena a utilização de agrotóxicos e exalta da alta produtividade na agricultura com o uso dos fertilizantes naturais na agricultura familiar, que possibilita a colocação de alimentos mais baratos na mesa.
Condena a mudança na legislação, que passou a possibilitar plantações no terço superior dos morros, o que era proibido anteriormente. Deixo de registar mais coisas, por estar  ficando longo. 


Na foto abaixo o coordenador do MAM, um movimento de combate às minerações e  fala com o prefeito sobre a luta que travam no enfrentamento à exploração mineral, em defesa da água, e dos projetos existentes junto com a Escola Estadual de Belisário, de recuperação de nascentes e outros do próprio MAM e assim convida o Dr. Marcos a participar de Grupo de Trabalho que trata desse tema e da recuperação do rio Fumaça.
Depois mostraremos a Caminhada das Águas, que aconteceu na manhã de domingo.

Comentários

  1. Sempre oportuna essa discussão da preservação da água, do solo e alimentos. Parabéns aos organizadores!

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