TURISTANDO NO DOMINGO EM SALVADOR

Eu posso estar lhe cansando mostrando tudo isso, mas meu blog tem também o caráter de ser o meu "diário pessoal de bordo", para consultas futuras, como aliás sempre faço. Dessa forma, vou registrando tudo. Se você não quiser ver, veja assim mesmo.
Esse jantar passou sem registro e assim vai publicado agora. Não é fácil juntar os filhos, faltando aí Clebinho em Pri.
 
Voltando à manhã de domingo, partimos para a Cidade Baixa. Aqui a Estação Ferroviária da Calçada, inaugurada em 1860.
No Bairro Uruguai, as Obras Sociais Irmã Dulce ou Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (1914/1992), a famosa freira brasileira canonizada em 13 de outubro de 2019 pelo papa Francisco com o título de Santa Dulce dos Pobres, sendo a primeira santa nascida no Brasil.
Irmã Dulce ganhou notoriedade por suas obras de caridade e de assistência aos pobres . Já na juventude lotava a casa de seus pais acolhendo doentes. Ela também criou e ajudou a criar várias instituições filantrópicas: uma das mais importantes e famosas é o Hospital Santo Antônio, que foi construído no lugar do galinheiro do Convento Santo Antônio. Hoje o hospital atende diariamente mais de cinco mil pessoas.
Foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz no ano de 1988 pelo então presidente do Brasil, José Sarney, porém não ficou com o título. Em 2001, foi eleita "a religiosa do século XX", em uma eleição que foi publicada pela revista "Isto É". Em 2012, foi eleita uma dos 12 maiores brasileiros de todos os tempos em pesquisa feita pelo SBT, para eleger a personalidade que mais contribuiu para o país.
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.
Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Mateus 25:35-40
Ali o nosso destino.
Estamos diante da Igreja do Bonfim.
Leia a história dessa igreja:
Theodózio Rodrigues de Faria, capitão-de-mar-e-guerra da marinha portuguesa, fervoroso devoto do Senhor do Bonfim, havia feito uma promessa durante uma tempestade de que, se sobrevivesse, traria para o Brasil as imagens do Senhor Jesus do Bonfim. Assim, em 18 de Abril de 1745, uma réplica foi trazida da sua terra natal, Setúbal, em Portugal, iniciando a construção da Igreja do Senhor do Bonfim. 
A capela teve suas obras iniciadas em 1746, e em 1754, após a conclusão das obras internas, foi trazida da Capela da Penha para a Colina do Bonfim a sagrada imagem, em procissão, onde o VI vice-rei esteve presente, junto da população, na celebração de missa solene.
Em 1772 as obras da capela foram concluídas. Em 1773 a festa litúrgica do Bonfim passa a ser celebrada no segundo Domingo da Epifania (2º domingo de janeiro), iniciando-se a tradição da lavagem da Igreja, quando os integrantes da "Irmandade dos Devotos Leigos" obrigavam os escravos a lavarem a Igreja, como parte dos preparativos para a festa do Senhor do Bonfim.
Em 1809 as famosas fitinhas do Senhor do Bonfim foram introduzidas. Na época chamadas de “medidas”, porque tinham exatamente 47 centímetros, que é a medida do braço direito da estátua do Senhor do Bonfim. 
Muitos vêm turistar, como nós, mas a fé também é sentida nas expressões de muitas pessoas, como esse de vermelho.

Uma celebração dirigida pelo "Terço dos Homens" estava acontecendo.
O entorno da igreja também é muito bonito, com a Baía de Todos os Santos nos fundos. A região é chamada de Sagrada Colina e assim é cantada no Hino ao Senhor do Bonfim (Jesus).
Dessa sagrada colina
Mansão da misericórdia
Dai-nos a graça divina
Da justiça e da concórdia

Glória a Ti nessa altura sagrada
És o eterno farol, és o guia
És, Senhor, sentinela avançada
És a guarda imortal da Bahia.
Uma foto do grupo.
Vamos partir.
A arte é evidente na Bahia, até na fachada da casa.
Mas continuamos contornando a Baía de Todos os Santos.  
Estamos na Ribeira e isso aqui me é muito familiar. Cheguei sozinho em Salvador no segundo domingo de dezembro de 1995. Luiz Carlos amigo desde Conselheiro Lafaiete, também engenheiro ferroviário,  já estava aqui, como Diretor Geral do Sistema Ferry Boat, recém privatizado e foi me buscar no aeroporto. Estávamos começando a COMAB e aqui na Ribeira estava o Ferry Gal Costa, em manutenção. 
Coração muito apertado. Um mineirinho sem nada entender de mar assumindo um cargo de direção em uma empresa marítima.
Aqui  sempre foi o nosso refrigério. A Sorveteria da Ribeira tem 92 anos, mas naquela época não era tão grande. É mais um atrativo turístico de Salvador.
Fica completamente lotada.
Cresceu enormemente.
Não posso deixar de mostrar os casarios.
No Dique do Tororó André parou para que eu registrasse isso. 
É o bloco do Afoxé Filhos de Gandhy, um dos mais tradicionais do Carnaval de Salvador, e que foi fundado por estivadores do Porto de Salvador, em 1949.
Se você quiser continuar turistando com a gente, eu lhe mostro o Museu da Energia, na próxima matéria.

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