A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Como projeto da Feira de Ciências da Escola Estadual Pedro Vicente de Freitas, que acontecerá nessa sexta, Mirian recebeu aqui em casa os estudantes do 2º ano do Ensino Médio, Mateus e Samuel, para fazerem com  ela uma entrevista sobre Violência Contra a Mulher.
Um tema muito atual para um velho problema, com o qual a sociedade convivia em plena harmonia, afinal; "mulher de malandro gosta de apanhar"; "você não sabe porque está batendo mas ela sabe porque está apanhando" e outros absurdos mais.
-O que leva um homem a praticar violência contra uma mulher?
Mirian responde:
- Há que se entender, primeiramente, quais sãos os tipos de violência contra elas. Podemos destacar pelo menos 5, embora sejam mais: a violência física,  moral, psicológica, sexual e econômica são previstos em lei. Alguns exemplos: agredí-la/ameaçá-la, denegrir a sua imagem,  rebaixar a sua auto-estima, fazer dela uma escrava sexual e manter sobre ela rígido controle financeiro.
- O que leva a tudo isso ou parte disso, é o machismo impregnado na cultura brasileira e já enraizado na cabeça de muitos homens e que , vendo a parceira ou mesmo uma mulher que mal conhece, como alguém inferior a ele ou alguém que é de sua propriedade. 
Foram anos acontecendo isso, com conivência da sociedade. Um Tribunal do Júri chegou a absolver um assassino, Doca Street, por ter matado a parceira "em defesa da honra". Num segundo julgamento ele foi condenado e parece que isso serviu para despertar a sociedade. São tantos os casos pelo Brasil a fora.
Fui chamado para a conversa e joguei gasolina no papo. Qual o motivo de algumas igrejas evangélicas e protestantes não ordenarem mulheres como pastoras? Por que somente  padres podem ser nomeados para o comando das igrejas católicas? E se eles se casarem, elas atrapalham o seu sacerdócio? Isso não é verdade. Sou filho de pastor protestante e minha mãe sempre foi parceira dele nos trabalhos com as igrejas que ele pastoreou.
Mais questões foram apresentadas. Uma roupa mais curta nunca pode ser justificativa para uma agressão e nem mesmo para uma "gracinha" de mau gosto. E se elas "derem mole" e na hora desistirem? Aí prevalece a máxima: não é não!
Que bom que a nossa escola não vê esse tema como mimimi! Muitas mulheres sofrem alguns tipos de violências e nem desconfiam que seja "Caso de Polícia".

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