A GENTE PEDIU E ELA VEIO
Víamos os pastos secos, gado sem alimento e água e isso era muito ruim. Todos pedíamos chuva mas acho que fomos muito veementes nesse pedido. Ela veio de forma muito exagerada.
Muriaé entrou no noticiário nacional, pelas ocorrências havidas na cidade que, segundos vários depoimentos, a cidade nunca havia visto antes. Telhados, árvores, postes, torre... muita coisa veio ao chão. Muitas ruas fechadas e o trânsito virou um caos.
Mas o nosso Belisário novamente nada sofreu em meio a tanto caos. Não temos casas construídas sob barrancos e toda a água acumulada logo escoa.
No meu quintal algumas pedras de gelo.
Umas pedrinhas colhidas.
Não dá tempo de inundar.
A gente queria ver enxurradas na ruas.
Como sonhávamos ver esse vale cheio!
Nossos animais com pastos verdes.
Opa! será que meu carro passa? Caminhão não passa. Apertadinho eu passo. Já está vindo uma moto serra para remover.
Também deu pra passar.
Como se vê, nada perdemos com essa tempestade. Já Muriaé... Ficamos sim sem energia por muitas horas.
Aqui em Muriaé, na tarde do dia 05 de out., o barulho do vento e da queda dos granisos era tanto que fiquei fechada num corredor, no interior do apto., até a tempestade passar. O barulho parecia romper os vidros das janelas, mas felizmente isso não aconteceu. Nesse tempo, na cidade, muita destruição aconteceu. Na rede elétrica ficamos a tarde, a noite e o dia seguinte sem energia; no meu prédio também sem água e sem elevadores. E eu moro no oitavo andar! Felizmente eu tinha muitas garrafas de água mineral e uma boa luminária que está sempre carregada.
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