COVID 19: A COISA ESTÁ SE COMPLICANDO EM MURIAÉ

Os casos de contaminação estão crescendo no município, o que levou o Comitê Municipal de Combate ao Coronavírus a adotar medidas mais restritivas de circulação.

Do site de Silvan Alves retirei o seguinte:

"O funcionamento detalhado dos autorizados como os supermercados, farmácias, drogarias, postos de combustíveis, lojas pet, oficinais mecânicas entre outros com a feira, será divulgado até domingo. As Igrejas vão seguir as normas atuais. Será um sistema muito parecido como o primeiro ato da Pandemia em Muriaé, ocorrido em março.

Cabe ressaltar que as regras afetam apenas a área comercial. O setor industrial está liberado para funcionar.

Nos próximos dias, o comitê da covid-19 definirá novas regras que valerão a partir de segunda-feira (22), quando a cidade entrará em sistema de “Distanciamento Social Ampliado” – uma medida anterior ao chamado lockdown.

Ou seja: serão adotadas normas mais restritivas em relação às atuais, mas não haverá lockdown neste momento."

O último boletim apresenta 23 óbitos em Muriaé. Isso é alto já que Minas, que tem 21 milhões de habitantes, são 570 óbitos. Isso dá 3 mortes a cada 100 mil habitantes.
Já Juiz de Fora, que tem 500 mil habitantes, foram 45 óbitos, o que dá 9 para cada 100 mil. Se arredondarmos a população de Muriaé para 100 mil habitantes, são 23 mortos, como se vê, significa 2,5 vezes as ocorrências em JF e 8 vezes a média do Estado.

Sempre muito cortês, o nosso médico Dr. Humberto, nos recebeu novamente, nessa manhã, para atualizarmos as informações do Distrito.

Os casos anteriores já foram declarados curados e estão imunizados em relação ao vírus.

Temos agora seis novos casos ativos, sendo 2 de São Domingos. 

Não temos teste rápido em Belisário e assim os casos suspeitos devem ser levados para Itamuri. É que somente o enfermeiro capacitado para tal procedimento pode aplicar o teste e a enfermeira de Belisário está grávida, ficando impossibilitada desse trabalho. Com isso, retardamos o conhecimento de nossos casos.

Ativos são casos suspeitos, que são acompanhados via telefone a cada 48 horas. Se for do grupo de risco esse acompanhamento se dá a cada 24 horas, pelos profissionais da UBS.

Um fato que se torna perigoso, que nos foi relatado pelo Dr. Humberto, é que esse ano não tivemos gripe em Belisário. Apenas uma pessoa se apresentou alegando gripe e isso o levou a pesquisar melhor, e é esse um dos casos agora em acompanhamento.

Isso quer dizer que as pessoas estão com medo de procurar o posto e descobrirem que estão contaminadas. 

Um caso ainda mais grave aconteceu aqui na UBS. Uma mulher mentiu para a atendente, falando que estava apenas tossindo. Já diante do médico confessou estar tendo febre. Esse é outro caso suspeito. 

A gravidade dessa omissão é que a pessoa falando a verdade toda a equipe se prepara para o atendimento, com os equipamentos necessários, e não apenas a máscara. Esse fato coloca em risco a vida dos profissionais da saúde.

Por incrível que pareça, ainda tem gente duvidando da gravidade dessa pandemia. Pela falta de testes e pela omissão de informações, há estimativa de que para cada caso detectado há 6 outros  ainda não conhecidos. Dessa forma, o número de contaminados é sempre 6 vezes maior que o anunciado. Isso é um dado estatístico.