UMA CAMINHADA COM NOVIDADES

Deixamos o carro na beira da estrada e fomos caminhando com Mírian nesse sábado, procurando quaresmeiras para fotografar. Tem outras coisas para lhe mostrar que nem vou postar as fotos, somente essa, na Vila Franciscana.

Entramos na direção da cachoeira do Nahor e lá nos encontramos com Ignês. Ela quer mostrar essa foto para uma amiga, também Sigiliano, lá de Cataguases, cidade onde mora.

Ela é tia de nosso novo padre Eduardo Carneiro, com ela abraçado na foto, seguido de seu  irmão Augusto, também de Cataguases.

Um papo rápido rolou entre nós.

 

Opa! Uma grande árvore caiu aqui.

Exuberante a nossa cachoeira.

Também na cachoeira topamos com Tom, já nosso conhecido. Ele é espanhol, muito culto, trabalhou muito tempo na Secretaria de Cultura de Barcelona. Convidou-nos para conhecer a sua casa e claro que aceitamos. Tem muitas novidades por lá.

Tronqueiras para serem abertas pois tem gado solto na área.

A primeira novidade é essa casa, construída por Tom, com a ajuda de alguns amigos.

O que a diferencia é a sua forma de construção, de pau a pique e adobe.

Uma técnica antiga, ainda existente em Belisário, que foi substituída pelo tijolo com argamassa, pilares e vigas de concreto.

Tom é um grande ambientalista. Faz o plantio de sementes, aqui aguardando o crescimento nessa estufa, para dar continuidade ao reflorestamento da região. 

Está já há alguns anos no Brasil sempre se dedicando a esse tipo de trabalho, também executado na região da Graminha, comunidade de Belisário, a região mais bonita do município de Muriaé.

Vamos entrar em sua casa/oficina/atelier.

Como artista faz esculturas em papel reciclado e cola, como esse muriqui.

Aí está a argamassa.

Tom lê muito. Pegou muitos livros emprestados no GAB.

Tudo muito simples, como convêm a uma pessoa simples, mesmo profundamente culta. 

Procura plantar essas espécies. Ele e outros amigos reflorestaram a mata ciliar, no entorno do Rio Fumaça aqui na região da Cachoeira do Nahor.

E também árvores frutíferas estão plantadas aqui.

"olhai os lírios do campo!" Esse é uma espécie dele e tem em abundância por aqui.

Só não sabia que era comestível. O talo é mais doce do que a pétala.

Por aquela escada o acesso à varanda.

Com direito a esse visual.

Ele também pinta telas. Veja um pouco de suas obras. Estão cobertas com plástico, como proteção, por isso o reflexo na foto.

O índio já estava no Rio de Janeiro muito antes de Cabral chegar no Brasil. O Cristo Redentor ainda será erguido nessa pedra.

Por um bom tempo aqui viveu sem energia elétrica. Instalou recentemente placa solar e tem hoje apenas esses dois refletores. Nada de TV, rádio e celular.

Na nossa cabeça consumista nada disso é imaginável. O mundo precisa de pessoas especiais.

Lá está a sua casinha, na propriedade de Nahor, perto da Fraternidade Franciscana.

Uma manhã extremamente agradável, conhecendo pessoas agradáveis, com possibilidade de nos reaproximarmos de Tom.

Ele não gosta de fotos, por isso não aparece. Teme ser visto como alguém que mereça projeção.