VOLTEMOS A BELISÁRIO PARA FALAR DE PITAIA

Quem entra em Belisário tem a vista da Pedra dos Cabritos à direita e olhando à esquerda tem a propriedade dos filhos de Nei/Gracinha Costa, Átila e Waldemar.
Pode ser contemplada uma grande produção muito chique de pitaias, uma fruta nobre de nosso país, muito saborosa e até recentemente desconhecida por muitos.
Num dos grupos de zap de Belisário me chamou a atenção Thuani oferecendo a fruta por 15,00/kg. Putz! Vi aqui no caminho para Costa do Sauipe vendendo a 46,00.
Pedi informações ao Agrônomo Átila e ele me passou muita coisa interessante sobre a fruta. Leia, sem preguiça, o que pude resumir!
Pitaia é um cacto e assim é uma fruta muito resistente, tanto em altas, como em baixas temperaturas. Do Norte ao Sul ela produz muito bem, só não é muito resistente às geadas, e mesmo assim, isso não é capaz de matar a planta, mas o clima adequado para ela seja a do norte, onde há muita exposição ao sol, também em Belisário ela possui boa produtividade.
Mas há uma vantagem em favor de nossa região, sudeste do pais, por estarmos próximos ao maior mercado consumidor. A maior dificuldade, no entanto, está no fato dela exigir muita mão-de-obra, o que não é fácil em nossa região.

Por ser um cacto, a Pitaia não precisa ser irrigada o tempo todo, embora ela aumente a sua produtividade se receber bastante água. Dessa forma, é melhor pensar numa irrigação.

Como mostra a foto, ela deve ser presa em estacas altas e resistentes, já que um pé pode sobreviver por mais de 20 anos.  Estaca de eucalipto tratado não é uma boa solução, pelos componentes químicos desse tratamento. Dessa forma, a estaca de cimento é a melhor alternativa, com aproximadamente 1,40m de altura.
No inverno se faz necessário a poda, já que são muitos brotos que ela produz. A adubação ideal é a orgânica-esterco, podendo haver uma adubação complementar. 
Com cerca de 2.000 pés, os “Irmãos Costa” são uma referência na nossa região de Muriaé. Eles são os pioneiros nesse plantio, iniciado em 2018. Aprenderam as técnicas quando trabalharam no Pará.
No início, tiveram dificuldade de colocação da fruta no mercado por ser a pitaia uma fruta exótica e cara, pouco conhecida. Atualmente ela se popularizou e só o  Economart consome 1.000 kg de Pitaia por semana.
Mas, o conselho que dão é que novos mercados devem ser procurados por parte daqueles que pretendem entrar no negócio. A nossa região já está saturada.
Sua semente é rica em ômega 3 e a fruta é boa para o bom funcionamento do intestino e hoje tem um preço popular.
O mercado tem preferência pela pitaia vermelha, embora eles também produzam a amarela e a branca.
Tomei um Red Bull Pitaia aí as ideias logo sobem à cabeça. Por que não programarmos pelo GAB um Festival de Pitaia.
Tá lançada a ideia para a Diretoria. Veja o vídeo a seguir.
Minha revisora, a Professora Suzel Ramos, moradora em Vitória-ES, está de folga hoje. Se houver algum erro, aceite assim mesmo.

Comentários

  1. Que maravilha! Não sabia dessas propriedades e nunca, comi essa fruta. Vou experimentar

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  2. Que bom que voltamos à safra da pitaia. Não fico sem ela e as vermelhas são minhas preferidas. Ótimas mesmo para o intestino. Faz falta mais divulgação porque muita gente ainda não está se beneficiando desse alimento tão importante. Muito bem explicado, dr. Cléber e que fotos ! Parabéns aos agrônomos, Átila e Waldemar Costa de Belisário, introdutores aqui nessa região de fruta tão importante.

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