VÁ EM PAZ, MIMO!

Nessa tarde de quinta nós deveríamos estar em Salvador, nos despedindo de um grande amigo. Não deu tempo para isso.

Depois de 2 anos lutando contra o câncer, Dalmo, Mimo para os íntimos, pai de nosso genro Tiago, faleceu ontem na capital baiana. A sua cremação se deu hoje pela manhã. 

Foram muitos anos de convivência com ele e sua maravilhosa família, geralmente nessa varanda, em Vilas do Atlântico. Esse encontro foi em 2011.

Ele e a esposa Bebeth têm um curso de inglês, muito tradicional na cidade. Aqui em 2013.

Agora em 2016, no niver da netinha Luisa.

Mais um encontro em 2017.

    Em 2018, na mesma varanda.

Agora num restaurante em Salvador, em 2019, onde juntamos duas mesas com amigos. Fizemos grandes amizades na Bahia.

Em 2023.

No mesmo ano, agora ele já apresentava sinais da doença.

Em 2024 Mimo já ficou pouco tempo conosco na varanda.

Mimo, Bebeth e os filhos Tiago, Mila e Taís.

Teria muito mais fotos em matérias no blog.

Mimo aposentou-se como Engenheiro e tinha um pequeno avião como hobby. Sempre que possível ele era o Comandante Mimo.

Para melhor falar sobre essa grande pessoa, transcrevo um texto de minha filha Bianca, que expressa de forma poética quem foi esse homem.

"Hoje nos reunimos para dizer até logo a alguém que jamais será ausente.

Ele não partiu — alçou voo. Um último voo, sereno, bonito, como tantos que pilotou com maestria e leveza ao longo da vida. Mas, desta vez, sem plano de voo, sem pouso programado. Apenas asas e céu aberto.

Homem íntegro, de sorriso fácil e coração generoso, ele nos ensinou, sem pressa e sem alarde, o que é viver bem: com simplicidade, alegria e otimismo. Não precisava de muito — sua bagagem era leve. Levava na alma a leveza dos que sabem que a vida passa, e que o amor é o que realmente fica.

Hoje, ele parte como chegou: sem trazer peso, sem exigir nada. Só trouxe alma. E agora, devolve essa alma ao infinito, à dimensão onde o tempo circula sem pressa e onde a pluma flutua no ar.

Seu último voo não é adeus. É continuação. É travessia. É descanso para quem passou por aqui como quem sabe que tudo é passageiro, mas que o bem que se faz permanece.

Nos deixa saudade, mas nenhuma dor. Nos deixa exemplo. E nos deixa paz. Porque quem vive como ele viveu não parte — pousa suavemente no coração de quem ficou.

Vai em paz, comandante.

E obrigado por nos ensinar a voar com os pés no chão e o coração no céu."