É HORA DE VOLTAR PRA CASA

Estamos na segunda-feira, na Fernão Dias, passando pela entrada da estrada que leva a Lambari, onde eu sempre entro, mas vou passar direto.

Alguns quilômetros à frente tem essa segunda opção de retorno para casa, passando por Campanha, também pegando a BR 267, depois de Lambari.

Mas quem falou que vamos voltar para casa? É aquilo que venho comentando nas matérias anteriores, nossos filhos e netos vão fazendo a nossa agenda e nos obrigando a fazer coisas contrárias à nossa vontade. Assim fomos a Monte Verde, de lá para SP para assistir o show de Alceu Valença, e agora o filho André nos pediu para que desviássemos a nossa rota de retorno, para lhe acompanhar em algo de seu interesse, em Belo Horizonte. 
Estamos indo para lá, passando por Três Corações.
E vamos almoçar aqui, na Venda do Chico.
A gente sempre para na outra loja da rede, perto de Caxambu, e já postamos algumas vezes.
Não é um almoço qualquer. Agendamos com um grande amigo esse encontro.
O Professor Odilon Guimarães, como ficou internacionalmente conhecido, como preparador físico do Atlético, Cruzeiro, Bahia e outros clubes, além da Seleção Brasileira, Seleção do Japão e do Catar. Ele é sogro de Clebinho, mora em Varginha e já esteve em nossa casa, em Belisário.
É um profundo estudioso de questões espiritualistas e está nos oferecendo o segundo volume de seu livro "Luz no Caminhar II".

Mirian toma um "cafezim" pra colocarmos o pé no "camim" e deixamos o amigo Odilon.
Trânsito muito pesado no entorno de BH.
BH a vista.
Avenida Amazonas, Anel Rodoviário... isso sempre um inferno.
Vamos parar um pouco no Shopping Del Rey, para esperar melhorar o rush.
Dormimos na casa de Clésio e na terça começam os preparativos, por parte do sobrinho Rafael, para o tal problema que André nos trouxe até aqui. 
É uma loucura acompanharmos o desenvolvimento de um bairro. Venda Nova, onde moramos com nossos pais, era um bairro super  tranquilo. Essa rua era pista única e jogávamos futebol, onde o campo era apenas na larga calçada. Hoje é difícil até andar pela estreita calçada, sempre cheia de pedestres.
O velho Reverendo Celsino pastoreava essa Igreja Metodista. Fez isso por dez anos.
André pediu-me que fizesse o teste da Covid, o PCR. Vamos atender o apelo do filho.
E enquanto o resultado não sai, uma rápida caminhada até o local onde funcionava o meu Colégio Carmelita Veloso, onde concluí o "Ginásio". Foi fundado e dirigida pelo saudoso Padre Matias, pessoa de grande valor, que concedeu bolsas integrais para mim e todos os meus irmãos, por sermos filhos de pastor. O ecumenismo é algo muito bonito. Meu pai, pastor protestante e ele, padre, tinham um ótimo relacionamento. A Metodista já foi um igreja ecumênica.
Resultado negativo na mão, com Mirian partimos para Confins.
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Fomos pegar André, vindo de Salvador...
... coincidentemente com a camisa do Galo.
Deixamos Mirian em casa e por volta das 16 horas partimos com o sobrinho Rafael, coincidentemente com camisa do Galo, para a Pampulha.
E todo mundo por lá com a mesma camisa, fazendo churrasco, bebendo cerveja...
Não para de chegar gente, todos de preto e branco.
Fui caminhar e de repente está desvendado o mistério. Meu filho me trouxe para o Mineirão, para assistir Atlético x Palmeiras, pela Libertadores.
Que saudades desse programa!!!. Quando mudei para BH entrava de graça no estádio. Cresci e passei a ser barrado. Vendia ki-suco no campo de várzea do Venda Nova, domingo depois da Escola Dominical, e ia ver o Galo com o dinheiro arrecadado. 
A turma vizinha oferece churrasquinho para a nossa, que retribui com cerveja.
Preciso poupar as pernas, afinal são 5 hora e meia para esperar a bola rolar. Dei uma cochilada e quando acordei vi 2 reais no meu copo. Confundiram-me com morador de rua.
Quase 19 horas, vamos caminhando para o grande momento.
Primeira barreira. Para entrar no entorno do estádio tem de apresentar o ingresso e o teste da Covid.
Ainda não tinha vindo no Novo Mineirão, já que o Atlético passou a jogar no Independência. 
Quase chegando. Última barreira.
Ficamos de máscara o tempo todo. André só tirou para a foto.
O coração dispara. 
Times se aquecendo em campo. 
Mas tudo isso para morrermos na praia. O Galo cedeu o empate, 1 x 1, e como havia empatado lá em SP de 0 x 0, fomos desclassificados. Que decepção!!!
Na manhã de quarta deixamos André no Aeroporto. ..
... e de lá pegamos a estrada de volta. Chega de fazer a vontade de filhos e netos. Optamos por passar por Ouro Preto, para tomarmos esse sorvete. Não vamos mais fazer isso. Muito trânsito e muito lento. Por Lafaiete é melhor.
E estamos em casa, depois de 15 dias. Viagem agora, somente daqui a algumas semanas, novamente para atender demanda de filho. 

Comentários

  1. Em respeito ao seu “luto”… falo nada!

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  2. Meu caro Cleber, que presente vc me deu! Esta viagem para Minas via Fernão Dias me pegou de jeito! Fique nostálgico. Fiz este roteiro tantas e tantas vezes e revi partes destas paisagens!
    Aquela passagem sobre a ponte perto de Três Corações e a chegada a BH mexeram fundo com os meus adentros! Fiquei aqui pensando se algum dia vai me sobrar o tempo e a energia para repetir estas viagens hoje já distantes no passado.
    Obrigado, amigo, por tudo isto!

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  3. Isso aí meu amigo . Temos mesmo que aproveitar enqto temos saúde e disposição . Belizário é só pra trocar a mala e seguir estrada agora .

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  4. Voltar pra casa tbm é muito bom . Agora trocar a mala e voltar pra estrada , enqto temos saúde e disposição . Gde abc

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  5. Que jóia de narração. Viajamos e nos divertimos com vocês ! Só não gastamos um tostão furado... sempre muito grata.

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