UMA AULA DE HISTÓRIA NUMA VISITA A UM CASTELO

Já conhecíamos esse belíssimo atrativo turístico na Praia do Forte, mas ele recebeu muitos investimentos, tornando-se ainda mais rico. Estou falando da  Casa da Torre ou Castelo de Garcia d'Ávila " uma construção histórica localizada na Praia do Forte, no município de Mata de São João, no estado brasileiro da Bahia. Foi a segunda residência fortificada do Brasil, antecedida apenas pelo antigo Castelo de Duarte Coelho em Pernambuco.
Foi erguida no ano de 1551 e tem suas origens na iniciativa de Diogo Álvares Correia, o Caramuru, que se casou com Catarina Paraguaçu, uma indígena tupinambá, da região hoje baiana. Ela foi batizada na França com o nome de Catarina do Brasil e foi o primeiro casal cristão na colônia brasileira. 
Catarina  foi oferecida como esposa por seu pai, o Cacique Taparica, ao náufrago português Diogo Álvares, o Caramuru, que gozava de grande proeminência entre os Tupinambás da Bahia."
André e Mariana vieram de bike.
Vamos entrar.  Um vídeo explicativo ajuda a nos posicionar no tempo.
Na terça aqui teve a gravação de uma live anunciando um projeto de projeção de toda a história desse castelo nas ruinas das paredes. Ainda não localizei o evento no youtube.
André está montando o drone para filmagens.
A capela do castelo...
Do guia que passava informações ouvimos que a família maltratava muito os escravos. Sobre isso pesquisei no Google que "Luiz Mott recuperou na Torre do Tombo, em Lisboa, uma denúncia à Inquisição que acusava Garcia d'Ávila Pereira Aragão de torturar escravos com os maiores requintes de crueldade, e também de cometer heresias contra a fé católica. Apesar de não ter sido levada a cabo, a denúncia tem rico valor histórico e antropológico por sua riqueza de detalhes, tanto nos métodos e aparelhos de tortura quanto na gente que habitava o engenho."
Houve muito fake nessa época, principalmente usando a religião como escudo, não muito diferente do que acontece hoje.
Esse deck é novo.
Dessa parte do castelo somente sobraram as ruinas da fundação.
O castelo tinha a função de proteger a região dos ataques pelo mar.

   Esse também é um novo espaço; o museu.
Em três telas historiadores baianos vão narrando fatos curiosos desse tempo.
Mas ninguém faz melhor do que o digital influencer Ivan Mesquita, prá mim o melhor do Brasil, que narra a histórias  da Bahia de forma fidedigna, com total irreverência.
Essas maquetes têm um toque de Minas num museu baiano. Foram feitas pela equipe do "Museu das Reduções, instalado no distrito de Amarantina, a 20 km de Ouro Preto, fruto de uma da realização dos sonhos de uma família de artesãos mineiros, os Irmãos Vilhena - Sylvia, Evangelina, Décio e Ênnio. Resultado de um refinado artesanato, o projeto encontra paralelo na tradição de obras semelhantes existentes na Europa. 
Este trabalho existe há duas décadas, em que cada um dos irmãos é responsável por uma etapa da obra. Ênnio é o principal artesão, criador das técnicas e máquinas utilizadas na confecção de cada reprodução. Décio desenha os monumentos e trabalha a madeira, enquanto Sylvia manuseia toda a arquitetura em pedra. Evangelina fotografa os monumentos e dirige a Escola de Artesanato, que forma jovens iniciantes na profissão.
O Museu das Reduções oferece um passeio por 15 estados do Brasil, a partir de réplicas que contam parte da história da arquitetura nacional."
Membro dessa família, o amigo Carlos Vilhena é líder de um grande grupo de granberienses, ex-aluno do nosso Instituto Granbery, em JF.
Veja que maravilha de obra.
Essa André pegou com o drone.
Outro dado curioso. A extensão da sesmaria doada à família correspondia a 10% do território brasileiro. As terras foram altamente produtivas, principalmente na criação de gado, mas foram sendo perdidas ao longo dos anos. Ficaram 300 anos com 20 gerações da família Dávila e depois o que restou foi abandonado.

Mas isso também mudou pouco no nosso pais já que dados recentíssimos, de 2 dias, apontam que 49,6% de toda a riqueza do país, concentra-se nas mãos de  1% da população.  A fonte desse números é a edição de 2021 do relatório sobre riqueza global feito pelo banco Credit Suisse.

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