COMEÇANDO A SEMANA CAMINHANDO

Já saímos na direção de Itamuri e entramos na igreja de São Pedro, na direção do Serrote. Foram 50 minutos e vamos voltar para dar 1:40 horas de caminhada. 
Já na rua principal, perto da Escola Estadual esse pé de pokan me chamou a atenção. 
Vamos fazer a feira. Essa propriedade é de Zezé e Celinha, ele irmão de Lindim Vital. Dividem com o tempo entre Beli e Carangola. 
O seu meeiro no café é o amigo Sebastião, ou "Gatão" para os mais íntimos. 
Ele colheu o café que agora está no processo de secagem. Poucos ainda se utilizam do antigo processo de secar no terreiro, sujeito a chuvas e umidade. 
Aqui tem pouco mais de 60 sacos, mas cabem 120 nesse secador.
É rígido o controle de temperatura, que fica entre 50 e 60 graus. Mais do que isso pode queimar o café.
Como tudo na roça, a coisa dá trabalho. O fogo é aceso à 6 horas e é preciso vigilância até às 21 horas, explica Sebastião.
Duas vezes ao dia o fruto deve ser remexido para que todo o material tenha contato com a caloria que vem debaixo, passando por entre essa grade.
Um ventilador vai soprando o ar quente por debaixo das grades.
Vamos em frente! Essa casa ficou muito charmosa.
Opa! O culpado por isso está na terra.
Lógico que a casa deveria ficar bonita: um artista plástico cuidou da escolha das tintas. Estamos na casa de D. Leontina e esse é o seu filho Zezé, que trabalha em Poços de Caldas e teve uma rica infância em Belisário.
A casa é uma verdadeira galeria de arte.
E ele não pinta a partir de uma  paisagem, qualquer. Cada quadro tem a sua história de vida e ligada a essa casa. Tudo remete ao seu passado.
Aqui ele conta a ginástica que fez para fotografar as galinhas no terreiro, para depois pintá-las.
Observe esse fogão a lenha.
Vamos entrar na casa antiga que fica ao lado.
Aí está o tal fogão, onde foi feita a comida que o criou, como enfatiza Zezé.
Essa apertada sala certamente que tem muitas histórias e com certeza recebeu meus tios José e Esther, avós de Mirian, que foram grandes amigos de D. Leontina e também parceiros. Ela ajudava nos serviços da casa de nossa tia/avó, que costurava para a então jovem Leonídia. 

Os pais de José foram o Sebastião Gonçalves Martins, que dá nome à nossa praça, e Ana. Veja o que a historiadora Nina Campos fala sobre esse casal.

Minha patroa já é conteúdo de livro de memórias.
Grande figura Zezé. Tem uma conversa boa. Como dizem por aqui, "é bom de mexer com ele".
José Maria (Zezé) tem uma bela formação acadêmica, agora voltado para publicidade, atuando já há vários anos na UNIMED-Poços de Caldas, na área de comunicação, promovendo e apoiando projetos culturais.

Comentários

  1. Que riqueza de detalhes!
    Lenir

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  2. José Maria, Cléber, pelo que você mostrou nessa matéria continua sendo "um dos nossos" e Belisário se orgulha muito dele. Através do que você falou sobre mais essa visita dele à sua mãe e à casa onde nasceu e viveu até os 27 anos, todo o Belisário se sente visitado e abraçado por ele .

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    1. Esse blog nos enriquece. Sempre um show de imagens e informações relevantes. Amaria escutar o pintor contando a história de cada quadro. As informações sobre a secagem do café também foram preciosas.

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  3. Os posts desse blog enchem os meus olhos de imagens da minha infância em Minas Gerais! Lindíssimo passeio! Adorei Os Quatros das Galinhas, muito bonitos!

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