O BOM FILHO SEMPRE À CASA TORNA

A minha irmã Cibele, hospedada na Pousada Belisário no feriadão o conheceu e me avisou que valia a pena fazer com ele uma matéria. 
No domingo nos encontramos no Restaurante Fundo de Quintal.
Ele é José Martins de Freitas, filho de Custódio Martins de Freitas e Carlinda Brasilino de Freitas. Nasceu aqui dentro de Belisário, onde os pais tinham uma casa, em janeiro de 1949.
Ele explica que os pais mudavam-se para a zona rural sempre que conseguiam serviço em alguma propriedade. Isso para colher café, plantar arroz, feijão... Nas folgas na agricultura, na entressafra, Custódio trabalhava de pedreiro.  Fazia fogão a lenha, fornos...
Seu pai era irmão de Lincoln Martins e Alcides Martins. Ambos falecidos e esse segundo, recentemente. 

Trabalhou muito para a família Calais: Tonico Calais e Miguel Calais, marido da Professora Maria Amélia Meireles Calais, que foi a primeira professora de Antônio e hoje dá nome à nossa Escola Municipal e de quem ele guarda ótimas lembranças. Quando precisava, ela era muito brava. Com ele sempre foi carinhosa.
O pai também teve uma olaria, fabricando tijolos. José lembra que com 13/14 anos já batia 800/1000 tijolos por dia, junto com o pai. Também fabricava telha de canal.
Se dependesse do pai ele não frequentaria nunca uma escola, mas a Professora Maria Amélia sempre dizia: " Custódio, bota o seu filho na escola. Um dia você vai querer ir para o Rio de Janeiro e lá vão exigir estudo dele. E foi o que aconteceu. Com 15/16 anos José saiu de Belisário.
Durante o feriado ele andou bastante pelas ruas de Beli, recordando pontos onde viveu.
Não tem mais muitos amigos por aqui. Reviu Zezinho, Tatão, Jaclei, José Oliveira, Ari,... Conversou com Regina Pimentel e disse que se lembra de seu pai Roldão. Tem muitos primos que nem conhece e assim quer voltar em breve. Eu o aconselhei a procurar Nei Costa.
Com ele veio Sueli, com quem se casou há 14 anos e me mandou essa foto dos tapetes de Corpus Christi. Gostou muito desse novo Belisário, bem mais moderno com boa pousada e bom restaurante.
Quem nasceu ou passou por Belisário guarda sempre boas lembranças da terra.

Comentários

  1. OBRIGADO PELA A MATÉRIA GOSTEI MUITO

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  2. Lembro-me muito bem do "Zezé do Custódio", como a gente o chamava naquele tempo. Ele falava depressa, quase misturando as palavras. O Custódio era mesmo o típico factótum, ou "pau pra toda obra". Moraram na nossa chácara algum tempo, em meados dos anos 50. Lembro-me também da mãe dele, uma senhora muito bonita. Lembro-me até da avó dele, Dona Ana Brasilina, também casada com outro Custódio, que pela reduzida estatura era conhecido como Custodinho. Também eles moraram na nossa chácara. O Custodinho era caçador e na casa deles eu comia carne de coelho e de tatu.
    Há algum tempo, conversando com o Alcides Martins, ele me deu notícias do Custódio e do Zezé, ambos morando em Duque de Caxias (eu acho). Gostaria de saber se o Sr. José Martins de Freitas continua falando tão depressa quanto o Zezé do Custódio dos anos 50.

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