Descemos a Serra de Belisário por volta das 19 horas de sábado. Antes da FAMINAS pegamos uma tempestade daquelas que nada se vê na pista. O co-piloto Mateus ia apoiando: mais pra direita! Olha o acostamento, mais pra esquerda! Mirian não foi pois fez uma cirurgia bucal.
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Estamos aí, parte da delegação de Belisário, no Teatro Belmira Vilas Boas, para assistirmos a apresentação de Bruna Morena. Eu convidei você aqui no blog por duas vezes. Você não foi e perdeu. Quando eu lhe der uma dica, aceite. Nunca vou lhe colocar numa roubada. Dayse e Mateus desceram comigo. |
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E a mãe da cantora é gente amiga. Terezinha foi professora aqui na Escola Estadual. |
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O primo Renato Sigiliano também compareceu. De Belisário, ou Beerlisario, agora são 4.
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O amigo Clélio chega com a namorada Seliane. A nossa relação é outra. Ele e ela também são GALO.
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Agora fiquei preocupado. Dr. Cláudio também está aqui. Poxa! A MURIGALO deveria ter viajado para Salvador, pra prestigiar o Atlético hoje na Fonte Nova, contra o Bahia, e estou vendo que a torcida tá toda aqui no Teatro. Meu filho André e o neto Gui vão ter de gritar dobrado.
Também presente o amigo Evaldo Calcagno, conhecido pelo seu bom gosto em relação às artes. |
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Ainda chove lá fora. Com isso atrasaram o início do espetáculo. Todos os lugares serão ocupados.
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O evento tem o apoio do Colégio São Paulo. O amigo Nicodemos, diretor da instituição, presente com a família. Esse Colégio sempre tem foco na cultura. |
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Agora de Beli são 5. Darcinho chegou. |
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O historiador João Carlos Vargas presente, com a esposa e amigas. |
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O evento desta noite tem a chancela da Academia Muriaeense de Letras-AML, presidida pelo Professor Cristian Lima. Trata-se da Segunda Mostra de Música Contemporânea. O acadêmico Elias Muratori abre o evento, destacando que no convite feito à cantora Bruna Morena foi solicitado que a sua apresentação homenageasse o mineiro Milton Nascimento, dando ao show o seu apelido Bituca. |
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Milton do Nascimento, ou "Bituca", é a maior expressão
mineira na MPB, reconhecido internacionalmente. Ele já se apresentou
na América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África.
O Wikipedia nos fala que Milton
nasceu em uma comunidade da Tijuca, no Rio, sendo filho de uma empregada
doméstica, que fora abandonada, grávida, por seu primeiro namorado. Após os
patrões descobrirem a gestação, demitiram-na. Maria do Carmo Nascimento registrou
o filho como mãe solteira. Mesmo muito pobre, tentou criar Milton, com ajuda de
sua mãe, uma pobre viúva, também empregada doméstica, mas, ainda muito jovem, entrou
em depressão e veio a falecer de tuberculose, antes de Milton completar dois
anos. Milton ficou entregue aos cuidados da avó.
Uma
das duas filhas do casal para o qual sua avó trabalhava, a professora de música
Lília Silva Campos, recém-casada, apegou-se a Milton e propôs adotá-lo. Seu
marido era dono de uma estação de rádio. A família mudou-se para Três Pontas , em Minas, monde Milton
passou boa parte de sua vida. Foi apelidado de "Bituca" ainda
criança, por fazer um bico quando estava contrariado.
Milton transferiu- se para BH para estudar Economia.
Começou aí a sua carreira artística. Na pensão onde foi morar na capital
mineira, ele conheceu os irmãos Marilton, Márcio e Lô Borges, e se encontravam num barzinho
na esquina das ruas Divinópolis com Paraisópolis, no tradicional bairro de
Santa Tereza.
Nós já estivemos lá.
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Foi em dezembro de 2015 e registramos no blog :
Vamos ao espetáculo dessa noite:
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A artista Bruna Morena entra em cena. |
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A iluminação perfeita. |
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A sonorização idem. |
Ela foi brilhantemente acompanhada por Edimilson Elpes no teclado, Josué Elpes na bateria, Dudu Tupete, no baixo, Phellipe Oliveira e Alexandre Louzada, no sax. Foram brilhantes.
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Aqui o baterista e percursionista Josué Elpes faz uma performance com Bruna. |
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Também brilhante a participação de Adalton, na flauta, com a artista e sobrinha Bruna, na interpretação de Travessia, composição de Milton e Fernando Brant, que ficou em segundo lugar no Festival Internacional da Canção, em 1967. Essa música fez Milton explodir no cenário artístico.
Quando você foi embora
Fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito,
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha,
E nem é meu este lugar
Estou só e não resisto,
Muito tenho prá falar
Depois disso o amigo Adalton foi humildemente assistir o espetáculo sentado no chão.
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Bruna Morena ameaçou deixar o palco sem cantar Maria, Maria. Só ameaçou. Em função do apelo popular, voltou e brilhou.
Mas é preciso ter força,
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Mistura a dor e a alegria.
E a consequência está aí. Muitos aplausos, com o público de pé.
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Hora de tietar. Bruna! Umazinha pra Belisário! |
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E com os músicos Adalton e Edmilson Elpes. |
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Não sei se tias ou se ex-professoras... O que deu pra sentir foram as expressões de orgulho das duas. |
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Será que esses três estão pensando que é como cinema, onde tem outra sessão? |
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Meu momento de tietagem. Ela é fantástica. |
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Dárcio também quer... |
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Também Mateus... |
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E Dayse, é claro. |
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Sem a esposa, seria natural subir logo a serra. Mas a tentação aparece de diversas formas, Muitas vezes, através de amigos. |
Com a estrada completamente lavada pelo toró, sem barro portanto, chegamos em Beli já de madruga. Uma noite fantástica.
Noite perfeita! Quanto talento em pessoa!
ResponderExcluirQueria muito ter ido, mas já tinha um evento marcado com minha prima e amigos... Mas Bruna arrasa sempre, imagino tocando Milton... Já tive oportunidade de assistir a umas "canjas"... Deve ter sido um showzaço, principalmente com os músicos que a acompanharam! Espero que haja outras oportunidades assim! Música boa nunca é demais!!! Novamente, adorando a "crônica da vida real"... rs... Bjs, Andréa Handrews
ResponderExcluirO show deve ter sido muito bom mesmo Cleber !!!
ResponderExcluirMilton Nascimento é um ícone da MPB sem dúvida.
Enriquecedores também seus comentários sobre a vida do Milton, muita gente por exemplo nem sabia que este cantor é Fluminense e não Mineiro, nascido na Tijuca, aliás, como outro grande cantor da MPB nascido na Tijuca, que é o Osvaldo Montenegro, que muitos pensam tartar-se de um cantor de MG.
Realmente "que noite" viu?!
ResponderExcluirTudo muito perfeito, som... iluminação... voz impecável... ótima escolha no repertório e excelentes companhias!!!
E nada melhor pra fechar a noite com chave de ouro, uma cervejinha gelada, altos papos e uma caprichada porção.
Obrigado pelo convite Dr.
Que venha outras programações como esta!!!
Abraços
Muito obrigado pela presença e pelo carinho, Cléber! Grande abraço!
ResponderExcluirNeste sábado estaremos comemorando 20 da Fundarte com a Virada Cultural e com um show especial da minha banda Ouro de Minas na praça Coronel Pacheco de Medeiros. Contamos com sua presença também!