RETORNANDO 90 ANOS DEPOIS

Mostramos a missa nessa quarta, em Miradouro, em favor do amigo Manduca, que nos deixou e lá estivemos, com Mírian e a amiga Nina.
Após a cerimônia e seu enterro, passamos no "consulado" de Belisário em Miradouro, para darmos um abraço no cônsul Gilmar.
Mas não tomamos o caminho de volta para casa. Estávamos planejando uma vinda nessa cidade de Vieiras, pertinho de Miradouro, juntamente com o Professor Waldir, que toca os projetos do GAB Taekwondo e Zumba. Também ministra aqui natação e hidroginástica. Ele vem promovendo uma aproximação de nosso Belisário com essa cidade, onde também tem contrato de trabalho.
Ocorre que a dificuldade de agenda não permitiu. Nessa quarta ele estava em Belisário tocando os projetos. Tivemos de vir sem ele.
Vieiras faz parte da história de vida de D. Nina Campos. Apenas com sua mãe e um irmão mais velho, para cá se transferiu, com apenas 3 aninhos, morando em casa de parentes. Ela vai corrigir depois se não for isso. 
Claro que tudo mudou por aqui. O então distrito tinha uma única rua, em meio a um brejo, muitos carros de bois e cavalos, segundo ela.
Demos uma passada na Prefeitura para fazermos uns contatos, mas o prefeito havia acabado de sair. 
Uma volta pela cidade.
Logo apareceu um simpático morador, proprietário do hotel e restaurante, e o levei para um papo com a amiga Nina.
Ela é da família Monteiro de Castro e uma rua guarda o nome de um de seus membros.
As duas brindaram um cafezinho na padaria.
Fomos ao CRAS, que desenvolve projetos com o Prof. Waldir. 
A Secretária de Assistência Social logo se deslocou para lá, sabendo de nossa presença.
Enquanto ela não chega, um pouco de prosa com a sua equipe. 
Sirlene, a primeira à esquerda, coordena os projetos e esteve aqui em Belisário recentemente, acompanhando a equipe de Taekwondo para uma apresentação junto com a nossa equipe dessa luta, trazidos pelo Prof. Waldir.
Pronto! A Secretária Lena chegou para conhecer D. Nina, que daqui saiu ainda criança, virou diplomata, rodou o mundo e voltou para a sua região de origem. 
Fizemos uma reunião rápida onde falamos do interesse do GAB em ter uma aproximação com a prefeitura de Vieiras, pelas identidades que guardam essa cidade com o nosso distrito.
Já deixamos definido a última semana de fevereiro para retornarmos aqui, agora com a presença do Professor Waldir, onde essa equipe vai organizar uma roda de conversa com pessoas mais antigas da cidade e D. Nina. Tipo um "De volta ao começo".
Também fizemos o convite para um encontro aqui em Belisário, num fim de semana, entre o pessoal do projeto de Terceira Idade de Vieiras com os integrantes do Projeto Mente Ativa, do GAB.
Passamos novamente na Prefeitura.
Olha que coisas "chiques", obra de um artista de Miradouro.
Isso nos empolgou e logo quisemos identificar essa pessoa. Opa! D. Nina logo identificou. Esse é o pai de nosso Cônsul Gilmar. 
Imediatamente ligamos para ele, que prometeu que trará o pai em Belisário para fazer um boizinho desse para os nossos desfiles de carnaval. Possivelmente não dará  mais tempo para este ano. Mulinha nós temos.
Gentilmente, a secretária Débora ligou para o prefeito, que alterou a sua agenda e foi lá nos receber.
Dr. Ricardo Maia é Médico Veterinário e pessoa muito simpática.
A conversa foi rápida, pois já se aproximava das 14 horas e ainda iríamos almoçar no Restaurante Casa Velha, em Miradouro.
O prefeito confirmou o interesse de se aproximar do GAB com projetos comuns a ambos.

Comentários

  1. Que beleza essa matéria, dr. Cléber. Valeu não só por rever Vieiras como também por ter encontrado lá mais gente que será muito importante pra nosso próximo encontro, quando falaremos como era Vieiras 90 anos atrás. Acho que nosso testemunho servirá, de algum modo, para inserir numa História de Vieiras. O que acho muito importante, pois História é como se fosse a alma de um lugar. Gostei de saber que Sto. Antônio do Glória pertence a Vieiras, um único distrito, mas muito importante. A família Maia é de lá, a do jovem prefeito, dr. Ricardo Maia. Progresso não se dá da noite para o dia. Corrigindo os defeitos, construindo e reconstruindo é que se chega ao que é hoje a bela cidade de Vieiras. No meu tempo, há noventa anos, era uma rua só, pouco comércio só a loja do Sr. Plínio e a do meu tio Nezinho, irmão de minha mãe e meu pai de criação. De meu irmão Aloysio, também. Meu tio, moço solteiro só dois anos mais velho que mamãe,
    logo que mudamos da Fazenda Sta. Cruz , de meu avô Neca Mariano, começou a namorar Albertina, filha de Oscar Octávio Monteiro de Castro, chefe político do lugar, que na época se chamava Babilônia. Apressaram o casamento por uma razão muito séria, mas não dá pra contar agora. Ela levou o menino José, seu irmão que ela criava porque a mãe dele, segunda mulher do sr.

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  2. sr. Monteiro, havia também morrido no parto. Albertina tinha mais irmãos: Ruy, Wantuil e Argentina (Fia) já casada com Antônio Lopes, importante funcionário da Prefeitura de Miradouro. Nós crianças só podíamos brincar no quintal, porque a rua sempre tinha alguma criação, cabrito, cavalo, bois e trânsito de roça, da época.
    Veículo motorizado, luz elétrica, escola, farmácia, nem padaria existiam ainda.
    Mamãe fazia todos os dias o "fubá suado", ra gente comer de manhã com café com leite. Aí, tive e meu irmão também, sarampo, catapora, verminose, enfim
    doenças da infância que foram tratadas com curandeiros existentes no lugar.

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