UMA FUGIDINHA NESSA TERÇA

A TV anunciava o caos em SP, em função da greve de motoristas de ônibus. Fiquei com medo do trânsito e assim deixamos o carro perto da estação Imperatriz Leopoldina, da CTPM.  
Adoro viajar de trem ou metrô. Essa cena me reporta a um passado muto gostoso como Engenheiro Ferroviário.
Já comentei sobre isso em matéria bem anterior. Esse tipo de fixação do trilho na placa, são "grampos pandrol". Essa inovação chegou no Brasil quando eu era Engenheiro Residente em Lafaiete e uma estação experimental foi instalada no km 522 do Vale do Paraopeba, perto de Belo Vale, trecho sob minha responsabilidade. Faz parte de minha história.

Ao contrário do que temíamos, movimento super tranquilo.
Trocamos de trem na estação Barra Funda  e o nosso destino era a Estação da Luz. Agora sim, muita aglomeração humana, pois dois trens acabam de chegar. Vamos deixar esse povo limpar a área  e logo vai ficar sem ninguém. Ainda evitamos boleira de gente, mesmo com máscara. 
A Estação da Luz está localizada no Bairro Bom Retiro e foi erguida entre os anos de 1895 e 1901, tendo sido projetada pelo arquiteto britânico Charles Henry Driver para a São Paulo Railway, uma empresa inglesa responsável por erguer o primeiro trecho ferroviário do estado de São Paulo, ligando o porto de Santos à cidade de Jundiaí.
Opa! Ainda passa também trem de carga nessa estação. É da MRS, empresa com sede em JF que assumiu o transporte ferroviário  entre BH-RIO-SP, minha ex-regional.
Tudo muito bonito.
Do outro lado o prédio a Pinacoteca do Estado de São Paulo, um importantíssimo museu de arte do Brasil. Foi construído em 1900 e muitos eventos culturais acontecem aqui e ele integra o circuito internacional de exposições. O seu acervo abriga mais dez mil peças.
E essa belíssima vista da Estação da Luz. No prédio está instalado o Museu da Língua Portuguesa, que sofreu um terrível incêndio em dezembro de 2015, mas foi recuperado e reinaugurado em julho de 2021. São Paulo é São Paulo.
Mas vou fazer uma matéria específica sobre esse museu, na volta de nosso destino.  Aqui iria ficar muito grande a matéria.
Dói muito ver a grande população de rua na cidade de São Paulo. Também é uma realidade em muitas outras capitais e grandes cidades do país. A coisa se tornou um problema insolúvel. A maioria composta de dependentes químicos.
Caminhamos só um pouquinho. Segurança total por aqui, com ostensivo policiamento.
Viemos na Rua José Paulino. Mirian gosta muito daqui, uma rua que tem também roupas muito bonitas e com ótimos preços. É local frequentado por sacoleiras do Brasil inteiro.
Isso é muito bom. Quase todas as lojas estão contratando. Essa placa está fixada em quase todas elas.
Essa cena é muito triste nesse tipo de lugar. Vendedores ambulantes espalham seus produtos pelas calçadas e ficam atentos temendo a chegada do "rapa", que recolhe tudo. É comum a gente ver postagens lamentando essa cena, tirando o ganha pão de quem está trabalhando. Mas sendo advogado do diabo eu penso no comerciante que paga impostos, alugueis, salários e encargos de empregados e sofre essa concorrência desleal em sua porta. É algo muito polêmico. Os dois lados têm razão.
Lanchamos por aqui mesmo e estamos de volta.
Vamos visitar o Museu da Língua Portuguesa e vou lhe mostrar amanhã.

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