UM BELO PROGRAMA NA NOITE DE SEXTA, EM MURIAÉ
Minha mulher
fala que a música que me caracteriza é aquela antiga que Moacir Franco cantava:
Não, não
posso parar
Se eu paro eu
penso
Se eu penso eu choro
Não, não
posso parar...
Na sexta
cheguei de BH pela manhã, à tarde tinha
dentista e fiquei por Muriaé para um evento de
altíssimo nível.
Na saída de seu prédio encontramos com o amigo Zé Rosa e fiquei feliz por saber que ele viajou comigo pelo blog. Então vai para o blog.
Aqui
o nosso destino, o Centro Cultural Grande Hotel de Muriahe.
Viemos para o lançamento da exposição “Nise – A Revolução pelo Afeto”. Fomos carinhosamente recebidos por Bruno, dando apoio para o deslocamento da amiga Nina, enquanto eu tentava uma vaga para estacionar.
Pelas rampas foi muito fácil o acesso para o último piso. Onde a amiga chega ela é recepcionada com muito carinho.
Gilca e Vanderleia também nos recepcionam.
Muito impactante e muito bem montada a exposição. Vou tentar lhe passar uma leve ideia do que vimos. Comecemos por Jung, aluno de Freud, que foi professor de Dra. Nise.
“A Nise criou um método clínico centrado no afeto. Ela é herdeira de
Juliano Moreira, de Baruch Espinoza, de Sigmund Freud, de Carl Gustav Jung.
Jung foi aluno de Freud e professor da Nise, na Suíça. Homens revolucionários,
que abandonaram a ideia do corpo máquina e trabalharam com a abordagem centrada
na subjetividade, na emoção, na identidade, na simbologia, nas narrativas que
restauram as memórias. A nossa dificuldade hoje é não deixar o afeto se apagar.”
Dr. Juliano Moreira tem seu nome muito ligado ao tratamento de doentes mentais.
Gilca, ainda mocinha, também foi aluna de Dra Nise.
O amigo, jornalista Silvan Alves também presente.
Da mesma forma Dr. Antônio Francisco.
Um bom público presente.
Esses são da família do proprietário do hotel onde D. Nina morou, em Muriaé, quando saiu daqui de Belisário.
Opa! Renato Galuzi vai iniciar a cerimônia.
Com a palavra a representante do Estúdio M’Baraká, empresa curadora do acervo, com consultoria do psiquiatra Dr. Vitor
Pordeus e do museólogo Eurípedes Júnior.
Gilca faz o acolhimento do público e falou de
sua emoção em estar recebendo Dra. Nise em Muriaé, através dessa exposição,
tendo conhecido de perto o seu trabalho, na Colônia Juliano Moreira, no Rio de
Janeiro, em 1976. “ Eu tinha apenas 18 anos e suas obras e suas palavras, sua
figura tão frágil e tão forte me afetaram profundamente, e para sempre. Isso
vem de uma sintonia, de uma conspiração de forças positivas para que nossos
sonhos venham à tona...”
Dr. Marcos Guarino, Vice-Prefeito e Secretário de Saúde, tem grande envolvimento nessa exposição, pois foi financiada pela Secretaria de Saúde da cidade, com apoio do Governo do Estado de Minas.
Ele fez uma homenagem póstuma ao Dr. Elisson Felizardo de Oliveira, médico psiquiatra, que em Muriaé fez o seu trabalho também com afeto. A sua esposa e filhos receberam a homenagem.
E esta placa.
Muito ricas as palavras de Luna, assessora de Comunicação da FUNDARTE,
prestando uma homenagem ao Dr. Marcos Guarino, médico pediatra, fazendo um
paralelo entre a política, a medicina, a psiquiatria, literatura, a pediatria a emoção e a sua inquietação pelo desejo por dias melhores, por mais respeito, pelo cuidado
humanizado, pela liberdade de expressão, pela esperança.
“Nós sabemos que a exposição vai muito além do que as peças físicas nos
remetem. A arte nos transporta a lugares que a razão desconhece e o Dr. Marcos
fez isso acontecer”.
Voltemos à exposição.
“Dra. Nise
da Silveira (1905-1999) formou-se como médica, em Salvador, sendo a única
mulher em uma turma com mais de 150 homens, e ficou mundialmente conhecida pela
ideia pioneira de usar o afeto como metodologia científica no tratamento às
pessoas com sofrimentos psíquicos”.
A Arquiteta Márcia Canedo Bizo tem fortíssima participação no restauro desse rico patrimônio histórico, o Grande Hotel Muriahe.
Técnicos da FUNDARTE e da Sec. de Saúde comemorando o sucesso da noite, com o grito de Viva Dra. Nise, feito por D. Nina.
Deixamos a amiga em casa e subimos a serra. O sábado promete em Belisário.
Nina Campos
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