ACONTECEU O 72º ENCONTRO DO PROJETO MENTE ATIVA

Foi nessa terça e teve como tema RESGATANDO MEMÓRIAS DA QUARESMA EM BELISÁRIO. Foi uma tarde rica e divertidíssima com esse grupo da Terceira idade. Mirian e Dani Clemente na coordenação. Vai chegar mais gente.
Vá vendo aí quem você conhece...

Refletimos com o grupo o significado cristão da quaresma, os quarenta dias que antecedem a principal celebração do cristianismo: a Páscoa, celebração tirada do judaísmo, com uma nova significação.
O número 40 em diversos momentos do Antigo Testamento o significado bíblico das cinzas, ligado à reflexão para mudanças, perdão, reavaliação e para ter uma visão da vida mais com os olhos do coração, como disse Angelina.

Finalizando a reflexão com o texto de Isaias  58:  "Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao Senhor? Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?".

Aí o grupo começa a lembrar das práticas de sua época. Na quaresma as pessoas evitavam sair de casa e andar a cavalo, pois essa prática significava estar também açoitando a Jesus. Era comum aparecer lobisomens nessa época.

Iam discutindo o que mudou com o tempo nas restrições impostas pela Igreja e nas práticas dos fiéis.
Alguns casos misteriosos ocorridos em tempos passados, como os sinistros grupos vestidos de branco que passavam pelos terreiros das casas intercedendo pelas almas, cantando, batendo instrumentos e rezando.
Quem estava dentro das casas não devia acender qualquer tipo de luz e nem fazer barulhos. Alguns arteiros espiavam pela frestas da janela, o que não era recomendado. Se houvesse barulho o grupo jogava milho sobre o telhado. 
Se a família quisesse oferecer café ou alguma comida, um membro deveria sair, com um pano branco e não dirigir nenhuma palavra ao grupo.
Momentos de recreação. 
Quatro pessoas foram isoladas dos demais. O seguinte recado foi passado em separado para  Efigênia, a primeira pessoa longe de três outras isoladas na cozinha: “Landis Rosa mandou avisar que essa semana ele vai capar 2 porcas e colocar 3 galinhas para chocar. Luzia vai fazer um bolo e trará na semana que vem. ”
Na presença do grupo Efigênia tem de repetir o recado para Manezim, que estava na cozinha.
Não se falou mais em Landis e nem no bolo que Luzia iria preparar.

Quando veio da cozinha Julita já ouviu que eram patas que chocavam e que os ovos seriam trazidos para o grupo.
Julita acabou de misturar a história...
... e Ciro já não disse coisa com coisa.
O grupo avaliou que devemos ter muito cuidado com aquilo que a gente ouve, sendo necessário se for passar para a frente, que o faça sem aumentar nem omitir coisas importantes. 
O bingo teve 3 brindes. A própria turma traz espontâneamente. 
Manezim trouxe a sua obra e Ciro levou a primeira linha preenchida. Uma cesta de bambu.
O sortudo ganhou outro brinde ofertado por Osvaldina
Que ganhou uma caneca ofertada por Geralda.
Mirian faz uma reflexão sobre a importância de se trazer à memória esses valores do passado. 
Vamos à foto oficial do encontro. Com Mírian na foto...
E com ela fotografando.
Mirian trouxe arroz doce, Maria trouxe broa de fubá, Manezim refrigerante.
Foi muito gostosa a tarde. O GAB tem muito orgulho desse projeto.

Depois de postada a matéria recebemos algumas informações que estamos adicionando aqui, para termos um histórico disso:
Romário, filho de Efigênia lembrou que houve certa vez um teatro na Escola Estadual, onde tentamos reproduzir o que essas pessoas faziam na madrugada. Fomos atrás de pessoas que nos dessem informações, e na época o Sr Manoel Roque, nos contou como eram feitos esses rituais, e também quais instrumentos eram usados, alguns deles com um barulho ensurdecedor como: o marreco, e a catraca. Tinha uma música também, em que um trecho falava assim: “alevanta irmão meu, que essa cama é do pecado; vem que o sono é a morte e a cama a sepultura!
Na época essa representação teve tanta repercussão que esse teatro foi reapresentado no teatro Zacarias marques. Muito bom ter relembrado isso tudo através dessa matéria.
Angelina Coelho observou que os instrumentos usados na encomendação das almas eram: o Zumzum, a catraca e o reureu. O Sr Manoelzinho  bem contar e fazer o reureu


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