TRANSPORTE PÚBLICO: ESSE É UM TEMA COMPLICADO

Com todos os seus encantos e pontos positivos, o nosso distrito tem também os seus perrengues. A estrada, com asfalto em apenas 17% de sua extensão, com vários pontos já carecendo de intervenção, com pouco mais de 1 ano de uso, traz vários prejuízos para a comunidade, inclusive em relação ao transporte público.
Nestas condições é gerado um alto custo de manutenção de ônibus o que onera ainda mais o sistema, impossibilitando o empresário, detentor da linha, de nela alocar melhores soluções, como micro-ônibus, mais econômicos, e "carros" em melhores condições.
Isso foi objeto de uma conversa nossa nesse sábado, com Aloísio, ligado à empresa que detém a linha. 
A população tem sido penalizada, com quadro de horários muito reduzido e cancelamentos de descidas e/ou subidas, em horários programados.
A coisa complicou ainda mais, após a saída do motorista Dirceu da empresa já que o seu substituto não reside aqui.
Alguém sabe se vai ter ônibus às 11:20?”. “Alguém sabe se está descendo ônibus?”. Alguns  reclamam de horários que são retirados, mesmo estando a estrada em condições de tráfego, como medida de economia por parte da empresa. E olha que a nossa comunidade faz sua parte. A paternalista legislação que garante transporte gratuito para maiores de 60/65 anos, dependendo da cidade, independente da renda do idoso, nem é exigida aqui. Praticamente TODOS os nossos idosos, conscientes das dificuldades que isso gera para o empresário, abrem mão desse direito legal e pagam as suas passagens.
Conversando com outro empresário do ramo, soube que o problema vem se arrastando já há algum tempo, sem solução por parte do executivo municipal. A falta de correções de tarifas, aumento dos custos operacionais, dificuldades dos usuários de linhas deficitárias de arcarem com os custos, tornam a gestão de uma empresa de ônibus um grande desafio para se evitar a sua falência. Esta falência não é desejável pelos envolvidos: usuários, empresários e a municipalidade. 
O isolamento social decorrente da Covid 19 complicou ainda mais, caindo em muito o número de passageiros, por um longo período. 
O caso é complexo e requer uma boa gestão. Nas cidades onde há engenharia de transporte já são adotadas metodologias para que o usuário não pague sozinho os custos do sistema. Por exemplo, é feita a tarifa social, com controle do arrecadado e custos por cada linha, de forma que haja uma socialização de resultados, transferindo-se àquelas deficitárias, subsídio para que sobrevivam e prestem um bom serviço à população. Há cidades em que a municipalidade oferece recursos próprios para reduzir a tarifa. Como disse, o assunto é complexo, mas exige uma solução.



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