VOLTANDO ÀS CAMINHADAS

Na segunda nós retomamos. Chega de farra gastronômica! Chega de estagnação física! Fomos por aqui mesmo, na região da Fazenda Belete, e nem registramos. Na terça tomamos a direção da Comunidade Fazenda Veiga, até para fazer a feira.
Opa! O que significa essa placa?
Gilmar, parou o corte de bambus e logo nos explicou: é que à vezes não tem ninguém por aqui para cumprimentar o caminhante, assim a gente deixa esse OPA!
Isso é próprio da hospitalidade mineira.
Tudo muito verde e água correndo para todo lado.
O forte aqui é a produção de banana, além do café. 
É uma comunidade de muita fibra. O leite também faz parte da economia local.
Isso é triste, né mesmo? O desperdício de bananas é muito grande. O mercado consumidor é muito exigente. Se tiver um pouquinho fora do padrão, não desce para ser comercializada. 
E assim vai ao longo da estrada.
Vários deles têm o seu tanque de leite, como o amigo Tião Arnaldo. O caminhão do laticínio recolhe e alguns levam para o tanque na entrada de Belisário.
Isso tem história...
Em alguns pontos dá pra sujar o tênis. Quem opta por morar na roça tem de conviver com isso. Nada demais um barrinho. 

Bonito a super proteção da vaca em relação à sua cria. O pai parece que cumpriu a sua missão após fazer o bezerro. Nem o reconhece mais.
Sempre fechamos com essa vista de nosso Belisário.

E aí está a arrecadação na nossa caminhada. Vou dividir com os sabiás, assanhaços  e bem te vis.
Vamos mudar de dia e de roteiro. Isso já foi na quarta. Direção cutieira, mas descemos nos "Paulinos".
         Opa! Tem boi na linha. E agora? 
Melhor voltar. Sempre temo que um ataque de uma vaca pois, para me defender, posso machucá-la, jogando-a no chão. Iria ficar mal com o proprietário. 
     Isso aqui logo vai precisar de uma reforma.
 Demos uma paradinha na casa de Antônio Carlos.
Minha comadre Marlene (JF) tem os netos que moram nos Estados Unidos. Preocupada em ensiná-los português ela brincava com eles:  "Olha a chuva pessoal! Tira a roupa do varal! Os guris logo perguntaram: - o que é varal, vovó? Era difícil para Marlene explicar. Mandei na época uma foto para ela de um varal na roça.
D. Mariinha tentou se esconder, pois não se sentia bem vestida para uma foto. Vaidade das mulheres... Homem levanta a camisa, mostra o barrigão e nem está aí.
O dono dessa casa azul é Carlinhos Protético que vem ameaçando retornar do Rio para Belisário, de mala e cuia. Estou ameaçando me apossar dessa casa se ele não fizer isso logo.
Semana passada isso aqui estava tomado pelas águas do Rio Fumaça.
Hoje ele está dócil.
Precisávamos caminhar mais, já que as vacas não deixaram. Vamos descer aqui.
Olha lá! Chico Mariano e Joel, da Secretaria de Agricultura. Os caras estão se empenhando para manter boas as nossa estradas, sem dia nem hora para trabalhar.
Silvan Vital, também integrante da equipe, chegou logo de moto, para avisar que o caminhão vindo carregado de pedras para jogar na estrada, num ponto fraco logo à frente, havia apresentado defeito na subida da serra.
Coisas que arrebentam qualquer programação.
Amanhã tem  mais caminhada.

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