A BISA COMEMORA 95 ANOS

E fomos lá, nesse sábado, para uma festinha em família.

Com a filha Kátia e o neto Felipe, que já lhe apresentei como diplomata do Brasil em Paris.

Com sopro de velinha e tudo mais.
Gui agora com a vó Helma.
"Chegou a hora de soprar a velinha, vamos cantar aquele musiquinha: parabéns...".
Na esquerda, Ana, uma pernambucana muito amiga da família. Coitada, está com uns parafusos nas costas. Acidente doméstico? Negativo: fruto de um salto recente de paraquedas, esporte que ela sempre pratica, digo, praticava. 
Sobre a bisa Carmita, leia isso:

Maria do Carmo Pinchemel Cotrim-Carmita, nasceu em 11/11/1926, na Fazenda Gado Bravo, no município de Livramento do Brumado que teve o nome mudado para a atual Livramento de Nossa Senhora. 
Filha de José Pinchemel Rodrigues e de Leonor Lima Pinchemel Rodrigues. Aos oito anos de idade mudou-se para a Fazenda Saco.
Carmita teve uma infância feliz ao lado dos pais e irmãos nas fazendas Gado Bravo e Saco, gostava de passarinhar com os manos, brincava com bonecas, cantava roda, pulava corda e nadava no Rio Brumado perto de sua casa, entre outros entretinimentos. 
LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA: 
Em Gado Bravo, morava numa casa humilde, feita de abobes, com dois quartos e duas salas grandes, cozinha com dispensa, fogão à lenha, terreiro dos fundos de amplo espaço.  Tinha uma roda de fazer farinha, e também uma lagoa, essa descrição lembra   a minha felicidade vivida na   infância. 
Em 1926, o ano que nasceu, Todos temiam os revoltosos (combatentes) da Coluna Prestes, com o intuito de derrubar o presidente Arthur Bernardes. Aterrorizavam as populações das cidades e vilas.  O pai tinha uma loja de tecidos em Livramento. Ele levou toda a mercadoria para a fazenda imaginando que os revoltosos não passariam por lá. Com receio, a mãe se refugiou num monte da fazenda.
Na fazenda eles levaram as peças de tecidos, distribuíram uma parte na redondeza e desenrolaram algumas peças na estrada. Roubaram todos animais que estava na manga. Um ato de indisciplina e perversidade. 
Na adolescência foi morar em Caetité onde concluiu o primário e formou-se na Escola Normal de Caetité no ano de 1947. Depois de formada foi residir em Brumado e ensinar no distrito de Correias/Brumado.
Em 1947 começou a ensinar dando aulas particulares para adultos até junho e foi contratada pelo Estado como professora primária no distrito de Correias/Brumado. No ano seguinte foi transferida para o povoado de Anguá, município de Caetité. Por concurso em 1949 foi efetivada no cargo e lecionei por dois anos e meio”. 
Com a inauguração do grupo escolar Getúlio Vargas, sede de Brumado, fui transferida para esse educandário em junho de 1950 onde foi a primeira diretora administrativa.  
Em julho de 1951 casou-se com Hélio Cotrim Leite, na cidade de Caetité. Hélio era funcionário público tendo falecido em 1982 em Salvador/BA. Um relacionamento que durou 31 anos de convivência harmoniosa. Dessa união teve os seguintes filhos: Helma, Katia, Alba e Elba.
“Trabalhei muito para formar minhas filhas, elas estudaram em colégios públicos e na Universidade Federal (UFBA), e nunca ficaram em recuperação, o que muito nos ajudou financeiramente. Hoje, pelos esforços empreendidos, são profissionais competentes que muito me orgulha”, declara D. Carmita.
Ela mourou em Brumado de 1947 até 1964, quando mudou-se para a capital, Salvado. Transferida para a Secretaria de Educação (Salvador), assumiu o Conselho de Educação do Estado, até se aposentar, em 1980 com 33 anos de serviço público.
Os dados para a confecção dessa biografia foram fornecidos pela bisa Carmita, transcrito por Mônica Pinchemel de Carvalho (sobrinha) com a colaboração e participação de Liz Dantas.


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