ACONTECEU MAIS UM ENCONTRO DO MENTE ATIVA
Foi o 62° encontro da turma da Terceira Idade, sendo este um projeto do GAB, que esteve suspenso por mais de um ano, em face da pandemia.
A turma começou a se concentrar.
Dessa vez não será aqui. De carro, vamos para a zona rural. "Nem" é zeloso com a segurança da turma.
E lá vamos nós, levando mais duas em nosso carro, além de Mirian.
Na direção de Muriaé.
Mas logo entramos à esquerda, na "Comunidade Fazenda Veiga".
Cerca de 5 km de distância do centro de Beli.
Uma excelente propriedade de "Nenê", participante ativa do Projeto.
E o encontro na verdade começa aqui, antes da abertura oficial por Mirian. O tema será: "Recordando minha vida na roça".
Elas já estão trazendo à memória muitas boas lembranças, diante desse engenho de cana.
E desse tacho de garapa para fazer rapadura ou melado.
Uma cozinha de roça tem todo um charme.
E o lanche já está na mesa. Vai ter a sua hora. Alguns participantes trouxeram essa comilança.
Maria Pena não veio, mas mandou esses "bolinhos de chuva".
Tudo pronto para o início, que sempre se dá com uma roda de conversa.
A garrafa é girada e para aquele que ela apontar deve dar o seu depoimento: fale de sua experiência de vida na roça, Cirinho!
E Manezim tem muitas histórias.
Da mesma forma "Cinica". Muito trabalho, sem hora para descanso, soca de muito arroz no pilão. Já com 7 anos era trabalhadora na enxada.
Marcelo Rogério não teve muita experiência na roça, mas fala um pouco de sua vida urbana, filho de um advogado e com boa formação como Técnico em Eletrotécnica e depois como Engenheiro.
E todos vão dando os seus testemunhos de vida difícil, com muitos filhos. Nenê, a anfitriã, casou-se com um viúvo com 5 filhos e com ele teve mais 10. Almoço e janta para 17 pessoas.
A maioria deles plantava a cana, passava na moenda e faziam o café, por eles plantado, a partir da garapa da cana que eles produziram. Panelas enormes de arroz, plantado pela família.
Da mesma forma o angu era feito a partir do milho por eles plantado, debulhado e passado no moinho de pedra. Nada de entrar no mercado e comprar tudo no pacote.
Mas agora se calaram para ouvir um depoimento muito pesado, de alguém com uma experiência de vida completamente diferente. Rosana nasceu e viveu em uma favela no Rio, em Belfort Roxo, numa região denominada "Faixa de Gaza", pois fica entre duas facções do crime, inimigas entre si.
Alí ela viu parentes e amigos serem mortos e como uma luz nessas trevas, Rosana criou cerca de 20 crianças, filhas de criminosos presos, prostitutas, ou órfãos do crime.
Uma pequena criança, de apenas 8 anos, recentemente trazida de volta para os seus cuidados, já trabalhava, recebendo 1 ou 2 reais, se transportasse menos ou mais tijolos. A Assistente Social da Promotoria da Infância de Muriaé esteve ontem em sua casa e registrou essa denúncia.
Em meio à pandemia veio buscar refúgio em Belisário, onde recebeu apoio da comunidade e do Grupo Belisário Solidário, com 5 crianças por ela adotados ou em processo de adoção. Está recebendo apoio também do CRAS-Belisário.
Como se vê, foi uma tarde riquíssima, com boas trocas de experiências. O grupo Mente Ativa decidiu fazer uma festa do Dia das Crianças para os filhos de Rosana.
A programação tinha algumas recreações previstas, mas não deu tempo. Vamos ao bingo.
Efigênia, que faz parte da coordenação do projeto, trouxe um brinde e Cinica foi a vencedora.
Maria Pena mandou um brinde e Aparecida, a secretária do projeto, recebeu das mãos de Cirinho.
E assim foi essa bela e rica tarde. O encontro foi encerrado com uma oração de gratidão por tantas conquistas obtidas por todos, em meio a tantas lutas, mas no final, todos saíram vitoriosos.
Que legal. Parabéns aos participantes, tenho certeza que foi um encontro muito enriquecedor e de amor ao próximo.
ResponderExcluirComo diz, Oliver Wendel, "A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original." Essa turma do Mente Ativa, sabem como ninguém compartilhar, parabéns aos idealizadores!
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