UMA CAMINHADA PELO CIRCUITO BARRA-ONDINA

O amigo/irmão Ademir Clavel me pegou no Horto para uma caminhada. Ainda no carro tirei essa foto, que está embaçada, em função da forte c

maresia própria do inverno na orla, com uma ventania muito forte.

Carro estacionado, o não menos amigo Marco Costa se junta a nós. Os três temos muitas histórias de caminhadas nesse trecho, quando morávamos na Ondina, cada um relatando o dia pesado de trabalho que tivera. Hoje, apenas Ademir continua na ativa de fato, como auditor do Banco Central. Marco tá "pegando leve" nos negócios. Ele é empresário na área de preservação histórica, em montagens e manutenção de museus, exposições culturais...

E foi ele que pegou esse por do sol.

Quando a pandemia piora aqui há controle de acesso de gente. Agora está flexibilizado o acesso.

Difícil de fotografar. Muita umidade no ar.

Não são flocos de neve. São bolinhas de sabão pra criança "pocar", como se diz aqui.

Olha aí Nina! Lembramos de você, que gosta muito de acarajé. Mirian vai levar congelado, para montar ai em sua casa. Mas não adianta ficar fazendo pressão emocional para o nosso retorno, nos comentários no blog, como você fez na matéria anterior.

Praia da Barra.

O Farol de Santa Maria foi erguido a partir de 1614 juntamente com o Forte de Santo Antônio da Barra e o Forte de São Diogo, com os quais cruzava fogos na defesa da barra do porto da Vila Velha, local de desembarque do primeiro donatário da Capitania (Francisco Pereira Coutinho, 1536), do primeiro governador-geral (Tomé de Sousa, 1549) e da primeira das Invasões holandesas. Esse triângulo defensivo, rechaçou, nos meses de abril e maio de 1638, o assalto das forças holandesas, sob o comando do Conde Maurício de Nassau (1604-1679).

As melhores fotos foram tiradas por Marco, que tem um celular mais avançado que o meu. Quando ele trocar de aparelho vai me doar esse.

A Ilha de Itaparica ao fundo. Foi ela que nos trouxe para Salvador, em dezembro 1995, para participarmos da criação da COMAB, que fazia a ligação da ilha com Salvador, pelo sistema Ferry Boat.

Este monumento tem alto valor histórico. Caso você não saiba, Salvador foi fundada com o nome de Cidade do Salvador e foi a capital do Brasil de 1549 a 1763. A data oficial de sua fundação marca o dia em que o português Tomé de Sousa (1503–1579) desembarcou no atual Porto da Barra, em 29 de março de 1549, dando início à construção da cidade-fortaleza. 

Atualmente há no local do desembarque de Tomé de Souza o monumento Marco de Fundação da Cidade do Salvador,  uma estrutura vertical, esculpida por João Fragoso  em pedra de lioz portuguesa, com o símbolo da Coroa Portuguesa e a Cruz de Cristo, além de um painel de azulejos que retrata a chegada de Tomé de Souza. 

Não pudemos descer mais perto para uma melhor fotografia. Essa pandemia não deixa nada.

 

"O Forte de São Diogo localiza-se na na base do Morro de Santo Antônio, ao lado direito da praia do Porto da Barra, local onde anteriormente existiu o Castelo do Pereira. Próximo ao forte também estão a Igreja de Santo Antônio da Barra e o Instituto Mauá, este já na Avenida Sete de Setembro.

Essa fortaleza visava impedir, com o apoio do Forte de Santa Maria, o desembarque de qualquer inimigo naquele acesso ao sul da cidade do Salvador, então capital do Estado do Brasil."

"De suas muralhas descortina-se uma bela e ampla visão da Baía de Todos os Santos. Atualmente encontra-se sob a guarda do Exército Brasileiro."

Aqui também faz parte de nossa história de vida. Foi o local de casamento de André e Mari, em dezembro de 2010. Nós já havíamos nos mudado para Belisário, em julho do mesmo ano.

Como o álbum está na mesa, ao nosso lado, vamos mostrar um pouquinho.

A recepção acontece no platô inferior.

Tudo cronometrado para encerrar a cerimônia antes do sol se por. Uma cerimônia ecumênica, com um pastor e um padre. O ecumenismo faz parte de nossa história de vida. "Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste". João 17:21

Voltando à caminhada, mesmo com a ventania essa hora teria gente nadando ou surfando na praia, não fosse a pandemia. 

Nós três saíamos para caminhar após o Jornal Nacional e terminávamos com mergulhos aqui no Porto da Barra.

O mar está agitado. As ondas estão arrebentando e jogando água no calçadão.

"O Farol da Barra localiza-se na Ponta de Santo Antônio sendo que o farol primitivo foi o segundo existente em todo o continente americano, antecedido somente pelo farol do antigo Palácio de Friburgo no Recife. A torre atual é de 1839.

No século XVII, o porto de Salvador era um dos mais movimentados e importantes do continente, e era preciso auxiliar as embarcações que chegavam à Baía de Todos-os-Santos traficando escravos negros ou em busca de pau-brasil e outras madeiras-de-lei, açúcar, algodão, tabaco e outros itens para abastecer o mercado consumidor europeu.

O Decreto Regencial de 6 de julho de 1832 determinou a instalação de um farol mais moderno, fabricado na Inglaterra, em substituição ao antigo. Ao término das obras, inauguradas em 2 de dezembro de 1839, o novo equipamento de luz catóptrico erguia-se sobre uma torre troncônica de alvenaria, com alcance de dezoito milhas náuticas com tempo claro."

Como se vê, Salvador é pura história. Afinal, foi aqui que o Brasil começou, há uma cultura de preservação e o baiano tem muito orgulho de sua terra.