POR LUGARES NUNCA DANTES CAMINHADOS

Essa seria a chamada se escrita por Camões. Sempre buscando conhecer novos caminhos, deixamos o carro aqui, na entrada do Sítio Paraíso (Faustino/Lurdinha), mas não vamos entrar aqui.

Seguimos caminhando na direção de Itamuri.
Mas vamos entrar naquela estrada, logo no pé do morro.
Agora estamos paralelos à Serra do Brigadeiro.
A estrada aqui recebeu máquina e um bom saibro. Está excelente.
Opa! Optamos pela direita, na direção daquela moto.
Um friozinho gostoso nessa matinha.
Tem casas aqui.
Café, banana, laranja...
Vicente, o proprietário, nos explicou que aqui também é Fazenda da Ribada, como a gente vê na placa lá na propriedade produtiva de Zé Calais. Toda a baixada é Ribada.
  O desperdício de frutas é geral.
Estou vendo uma mulher bonita naquela casa.
Assanhadinha ela...
Fico sempre imaginando as histórias que um imóvel como este guarda.
Vamos entrar. Quem sabe sai aqui um café, um queijo...
Uma cadeira de rodas...
Um estudante pesquisou aqui Érico Veríssimo. Aliás, uma breve narrativa bem dentro do contexto desse(a) estudante de zona rural.

Anoiteceu. Apareceu no céu uma lua de cara inchada. O galo saiu do quintal e cantou:

Có-ró-có-có, boa noite ,dona Lua!

A Lua fez uma careta e respondeu:

Não me amole, galo bobo. Estou com dor de dente.

Então o cachorro, que era muito intrometido, ladrou:

Au! Au!Au! Se a senhora está com dor de dente, por que não vai ao dentista?

É mesmo! Gritou a Lua, admirada. Eu não lembrei disso!

Botou o chapéu na cabeça e foi ao dentista. O Céu e a Terra ficaram muito escuros. Sozinhas, as estrelas não tinham força para alumiar. E mesmo a tremer de medo e acabaram entrando para dentro de suas casas.

Uma observação sobre o comentário anterior. Cuidado com esses zaps malucos sobre o Dr. Paulo Freire que rodam por aí. O seu método é exatamente esse. Do estudante ser educado a partir de termos e valores que lhe são rotineiros. Aí de Curitiba, explica melhor isso, Dr. Peri Mesquida!!! Esse professor nosso amigo é um dos mais especializados entre os educadores brasileiros.
Voltando para a Ribada, uma galinha descobriu aqui lugar para fazer ninho.
Um dicionário jaz no local.

Uma folhinha de 2003.
Quem morou numa casa de adobe?
Vamos em frente! 
Quem será que mora aqui?
Caramba! É Eliane, filha do Toninho do Barracão. Gente amiga.
Vamos ver o que teremos para o almoço.
Por enquanto arroz, angu e jiló. Mas sempre tem mais coisas. Ainda é muito cedo.
Vou roubar um docinho caseiro de leite.
Gente caprichosa. Bonita casa.
Aqui é GALOOO!
Mirian quis conhecer D.Geralda,  mãe de Marquinhos, marido de Eliane.
Se encantou com o capricho de sua cozinha.
Simpático o Alan. Está no quarto ano, passando aperto com sinal para acompanhar as aulas pelo celular. 
Já Alice se escondeu debaixo da cama para não sair na foto. A mãe me mandou uma pelo zap.
O almoço fica para outra vez, vamos continuar, pois soubemos que sai no mesmo lugar. 
A casa ficou lá no fundo.
Marquinhos está com esses companheiros fazendo cerca.
Na vinda entramos nessa direção, que agora está à nossa esquerda e contornamos o morro. Vamos seguir reto.
        Já pegamos o carro lá perto da Ribada I.
Opa! Marcela ganhou bebê.
E o recém chegado à família belisariense é o Nícolas.
O irmão levado é o Víctor. Ela é filha de Lucinha. 
                       E cá estamos nós.
Sobre aquela casa em ruínas, conversando com D.Geralda, Mírian soube que lá moraram seus pais e quatro filhos. Sobre a cadeira de rodas eles nos deram, para deixarmos na UBS à disposição de alguém que possa precisar. 

Comentários

  1. Comentário do Prof. Dr. Peri Mesquida – PUC-Paraná, que me foi encaminhado pelo zap

    Encontrar Erico Vérissimo no interior de Minas é como achar um tesouro escondido. Personagens das suas histórias infantis, o cavalo e o galo, quase ontológicas. O "galo com um despertador na barriga, chama a lua pra namorar..."
    Últimos anos da vida morou num belo hotel em Porto Alegre, levado pelo proprietário, o jogador Falcão que o encontrou abandonado em uma rua da capital gaúcha.
    Paulo Freire, infelizmente, não se encontrou pessoalmente com Erico, mas vale a pena escrever uma crônica um bate-bate entre os dois. Um desafio.
    Leitura do mundo, do mundo da vida, para a leitura da palavra. A palavra virada LOGOS, encarnada na pessoa oprimida, faz dela um ser capaz de pronunciar o mundo, de denunciar a injustiça, e anunciar um mundo utópico a construir.
    É o galo belisariense com um megafone no bico, chamando homens e mulheres a se unirem e pronunciarem o LOGOS de uma vida melhor em um mundo mais justo.

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    1. Paradela houve um engano do Prof.Dr.Peri Mesquita, pois quem morou no Hotel do Falcão em Porto Alegre foi o Poeta Mário Quintana. Forte abraço Jose Augusto Casimiro de Campos - Ubá - MG.

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