A CAMINHADA DE SÁBADO

O percurso já é bem conhecido seu. Subimos a nossa rua, tomamos a direção da Escola Estadual, mas viramos à esquerda, depois da casa de Lincoln Martins. Não caminhamos muito e deixamos o carro aqui.
Perto da casa de Walter e Sívia Helena. Casal finíssimo.
Viemos encomendar tilápias. Ele está preparando o seu carrão possante para ir para a rua.
Sempre mantendo distância, e usando máscara, vamos fazer aqui a nossa feira. Precisamos respeitar esse pessoal que mora isolado na zona rural. Geralmente são simples e corteses, oferecem para você entrar... 
Onde ele vai os patinhos o acompanham. Chocaram 14.
Se você não segurar a boca vai ficar assim até o final da pandemia.
Aqui tem esse pé de lima. Amo essa fruta. Se você partir em quatro e retirar aquela parte branca do centro, não amarga.
Ele produz uma abóbora muito boa.  Também levamos inhame.  Walter sempre insiste em nada cobrar, o que é inadmissível. É preciso sempre respeitar o produtor rural, pagando. Tudo aqui tem um custo.
Silvia Helena estava fazendo esses maravilhosos bolinhos de polvilho.
Vai ai a receita.
Agora vamos perder as calorias da comida. Pé na estrada.
Aqui o café já foi colhido, mas tem barulho de colhedeiras manuais lá no alto. Dr. Edson Cury vai falar sobre isso na próxima matéria.
Estamos na direção da rua, na entrada de Belisário.
O verde das árvores contrasta muito legal com o azul do céu de inverno.
Opa! O amigo Lindim tá vindo, pilotando seu motor com reboque Esse cara dá muita sorte. Tem muitos pés de café e produz muitas sacas nessa época.
Daqui a pouco lhe mostro a sua produção.
Esse cafezal é apenas parte do que ele tem.
Chegamos em sua casa.
Ótimas instalações.
Muita lenha para secar o café no coco.
Dois grandes depósitos daquilo que ele já colheu.
E ainda tem café  secando e café no pé.
Os investimentos são muitos.
As pessoas só fazem conta daquilo que o produtor recebe.
Sabe de onde vem a sorte de Lindim? Vou lhe ensinar o segredo: DO SEU TRABALHO. Nessa época do ano, principalmente, o cara perde alguns quilos e horas de sono para dar conta do serviço.
E concilia isso com trabalho na igreja, prestação de serviço social, através da diretoria do GAB... Ele e a esposa Leonídia.

Se você quiser pode espelhara qual é o segredo de Lindim.
Vamos voltando. A rua está logo à frente, mas estamos evitando passar por ela nessa época. 
Subimos a estrada depois da casa de Walter e registramos esta vista de Belisário.
Já depois de pegarmos o carro ainda topamos com ele.
Vai levar parte de sua produção para vender. Assim é a vida dessa turma do campo. Não tem sábado, domingo e nem feriado.
Olha aí aquela abóbora que pegamos com ele! Mirian vai usá-la para rechear ravioli, depois de assada.

Comentários

  1. Daqui uns anos será impossível contar a história de Belisário sem recorrer a esse blog. Parabéns, Cléber Paradela!

    ResponderExcluir
  2. Tudo muito bonito, tudo muito ótimo. Especialmente ótima foi a explicação da origem da SORTE do Lindim. Lembrei-me de uma citação do Thomas Jefferson, 3º presidente dos Estados Unidos: "Eu tenho muita sorte, e quanto mais eu trabalho mais sorte eu tenho". Alguma dúvida? Nenhuma.

    ResponderExcluir
  3. Silvia Helena mim aguarde quero comer desce biscoito aí com café de melado saudades de voceis .Vilma de Arrozal RJ

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente este post!

Posts mais visitados do último mês