TRAZENDO O SHOW PARA A SUA CASA

Vivemos em um momento de muito medo, perdas financeiras, de planos frustrados, sonhos adiados. Pessoas internadas e muitas perdendo a vida. Perdemos contato físico uns com os outros e o com o espaço físico fora de nossas casas. 

Essa pandemia nos tirou muitas coisas e os especialistas falam que o pior está por vir, tanto durante o Coronavirus (COVID-19) quanto depois, com altíssimos índices de desemprego e outras consequências econômicas mais. 

Mas o mundo desde sempre se reinventa e resiste tentando não pensar no pior, mas sim em como fazer os dias de quarentena serem menos tediosos e muitas vezes solitários. 

Em São Paulo presenciei em dois condomínios apresentações musicais, mas cada um em sua casa. Um deles um pianista (um senhor inglês sozinho, em isolamento) que através do Whatsapp combina o dia que irá tocar, sempre às 18:00, em ponto. Excelente música ao por-do-sol. No outro uma banda de vizinhos que já se reunia informalmente para tocar aos fins de semana, como hobby, formou o que chamaram de Banda Quarentena Plaza (@bandaquarentenaplaza) e deram um belo show de pop rock no piso térreo, ao ar livre. Ninguém pode descer, já que a orientação é evitar aglomerações. As janelas e varandas foram os camarotes. 

A tecnologia também vem ajudando para que, aqueles que podem, façam sua parte por si e pela sociedade e fiquem em casa. Muitos artistas vêm se apresentando ao vivo no Instagram, ou pelas chamadas "lives". Pela agenda pode-se saber dia e hora do show que irá acontecer. Para assistir no conforto do seu sofá, basta procurar pelo nome da banda ou cantor(a), seguir e, na hora marcada, lá no alto da tela ele(a) aparecerá em um círculo escrito "ao vivo". Pronto! É só clicar e aproveitar! 

Pelo smartphone, eu em SP e meus pais em Belisário, curtimos nessa tarde de sábado o mineiro Flávio Venturini, relembrando o Clube da Esquina, grupo nascido no Bairro Santa Tereza, em BH, na década de 60, lançando no cenário nacional nomes como Milton Nascimento, Lô e Márcio Borges, Beto Guedes, Fernando Brant... .

Vamos todos usar as ferramentas tecnológicas que temos para interagir com novos e velhos amigos, sermos solidários da forma que for possível, aprendermos coisas novas e fazermos essa fase passar. 

Ela vai passar! Quem puder, FIQUE EM CASA!

Matéria de Bianca Paradela