SAINDO UM POUQUINHO DO ISOLAMENTO

Por consciência própria e pressão dos filhos, Mirian e eu, juntamente com Beto e Mariza, continuamos confinados em casa desde que aqui chegamos, no domingo. Entendemos que o assunto é sério e somente os irresponsáveis minimizam o quadro.
Mas Beto e eu demos uma saidinha de carro nessa tarde de sexta. Hoje não existe aquele de "sextou". O quadro é tenso.
Saindo do Bom Pastor, onde estamos hospedados, passando por Santa luzia, último Bairro onde meus pais moraram. Movimento bem reduzido mas não total. Muita gente na rua e comércio aberto.
No alto da cidade avistando o Aeroporto da Serrinha, hoje apenas um aeroclube.
Beto dirigindo e eu fotografando.
Atravessamos a BR 040.
Estamos no Mirante. Aqui uma escola de cerveja artesanal
A perder de vista. No fundo a direção do Sul de Minas.
Aqui a direção é a do Rio de Janeiro.
A escola estava  fechada.
Um local super agradável para um fim de tarde, quando a vida estiver normalizada, quem sabe em junho, julho...
Mais na frente o Restaurante Salvaterra, no trevo de uma das entradas de JF.
Hora de almoço, porém vazio. 
São vários espaços de alimentação nessa "vila".
Todos vazios e garçons com máscaras. O quadro econômico que enfrentaremos daqui por diante será sombrio, sem querer ser pessimista. É uma realidade. Empresários terão contas para pagar, sem receita para tanto. O setor público, sempre em posição mais confortável, também poderá sofrer. Os cofres públicos podem suportar até quando, sem receber impostos? O momento é de desarme político, sem panelaços pró nem contra. O momento é grave e assim a polarização precisa ser suspensa.
Aqui a Faculdade Suprema de Medicina, uma entidade privada.


Essa palmeira merece um destaque,
De volta para o centro.
Passando novamente por Santa Luzia.
Agora no centro, na Av. Rio Branco. Movimento bem reduzido. Shoppings fechados como de resto, em todos os estados, já que 411 shoppings, 71% do mercado, estão fechados no país.
Reduzido de pedestres. De carro, nem tanto.
Fila de ônibus. Qual o motivo? Logo um motorista nos respondeu pela janela, que está havendo uma paralisação contra a redução de salários. Não deu para saber até agora a pauta, mas é bem evidente que leis poderão vir a ser implantadas, possibilitando coisas semelhantes. Ninguém terá como pagar ninguém. Já começam a falar até em adiamento de eleições, pelo esvaziamento dos cofres públicos nos próximos meses. Mas isso é apenas uma pálida possibilidade.
O efervescente Calçadão da Rua Halfeld está assim.
Idem Rua Marechal.
Bloqueio de ônibus pelos motoristas e trocadores.
Um temporal desaba sobre JF.
Hora de voltar para o confinamento. Na Rio Branco, parte alta.
Na rua onde estamos hospedados, no Bom Pastor.
Em meio a esse baixo astral, registro a nossa profunda dor pela terrível notícia recebida ontem do falecimento de Michele, filha dos queridíssimos primos Marcus Campus e Cármem, proprietários de fazenda no vizinho "Córrego dos Gomes". Sequer pudemos ir dar-lhes um abraço. O amigos Aloísio Rogério e "Todinha" fizeram isso por nós.
Marcus está sempre em nossa casa e sempre nos atualiza quanto ao quadro da filha, que vinha se recuperando no tratamento contra um câncer. O seu estado de saúde piorou e ela veio a óbito. A perda de uma filha tão jovem é algo impensável e como canta chico e eu sempre repito:

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu


Comentários

Posts mais visitados do último mês