DE VOLTA PRA CASA

Cenas de domingo cedo, quando saímos de SP bem cedo, já passando pela Rodovia Ayrton Senna, debaixo da linha do trem que faz a ligação para o Aeroporto de Guarulhos.
Um grande fluxo de carros para entrar na cidade de Aparecida.
Agora o Santuário. Estranho estar vindo pela Dutra, né? Sempre opto pela Fernão Dias, Sul de Minas.
Aqui você começa a entender. 
Tomamos essa direção
E cá estamos. Vamos conhecer Cunha. Belisário espera mais um dia.
A cidade tem 
950 metros de altitude na sede e a Pedra da Macela, o ponto mais alto, tem 1.840 m, no Parque Serra do Mar, divisa com o Estado do Rio.

Cunha tem muitas histórias. Em 1932 tornou-se palco de batalhas na Revolução Constitucionalista  quando um batalhão da Marinha do Rio subiu a Serra do Mar para chegar na capital via Vale do Paraíba  
Foram 3 meses de combate  no município e a sua zona rural ficou arrasada, fazendas destruídas, casas e lavouras incendiadas, animais saqueados, muitas mortes de inocentes, o centro da cidade bombardeado, inclusive a Matriz Nossa Senhora da Conceição.
Se você não entende a rivalidade entre Rio e São Paulo, a história dessa Revolução explica muita coisa.
A cidade é rica em artesanato, principalmente cerâmica.
Mas logo tomamos a direção de Paraty.

Fomos procurar um restaurante, a princípio na região mesmo de Cunha.
Entramos aqui numa nova fábrica de cerveja.
E parando em lugares bonitos. Essa era a nossa intenção ao vir nessa  cidade. Ver coisas bonitas.

Esse fusquinha estilizado tem uma razão. O município de Cunha concentra a maior frota de fuscas do Brasil, segundo o wikipédia.
Aí tivemos uma infeliz ideia. Se Paraty dista  45 km, decidimos ir almoçar lá para comer frutos do mar. Muitas cachoeiras na região.
Infeliz ideia porque passava de meio dia e a estrada é precaríssima. Extremamente sinuosa, pelo retrovisor você consegue ler a placa traseira do seu carro e sucessivas subidas e descidas. Não há acostamento e uma forte neblina começou a cair, além de chuva fina.
E em vários pontos houve fuga de pista, passando o trânsito em pista única.
Já estava tenso, pensando na volta no fim de tarde quando senti faltar o freio de minha Hillux. Aí foi tremedeira nas pernas...
Com alguma dificuldade consegui manobrar e voltar para Cunha, muito devagar, tirando o carro do automático e passando a usar a marcha manual reduzida.
Parada para almoço no retorno, estacionamento do carro do hotel e fomos ver TV, nada mais a fazer naquele dia, depois de tanto susto.
Na segunda, procuramos o mecânico que nos revelou algo totalmente desconhecido por muitos. O carro não apresentou defeito no freio. É totalmente comum acontecer isso nessa serra maluca. Carros automáticos não podem descer com o câmbio em D, ou "Drive". O excesso de descidas superaquece o sistema e o freio falha. Muitos acidentes acontecem lá em função disso.
As pastilhas também foram pro beleléu. Troquei.
Agora, vamos relaxar  para aproveitar um pouco o tão prejudicado passeio.
Região rica em flores e Mirian ama isso. Compramos bastante coisas.
Agora na Casa do Artesão.

Muitas coisas bonitas.
E fomos ver o que mais nos atraiu aqui. Procuramos o principal atelier da cidade, o Atelier de Cerâmica Suenaga & Jardineiro. Conhecemos a técnica Noborigama que consiste  num processo da queima da peça em que o fogo interage diretamente com o barro. "As cinzas criam uma película brilhante na parte externa da cerâmica, que no processo com o forno elétrico não existe, devido à uniformidade do calor."



Tudo de muito bom gosto.
Essas fotos retirei de um site.
Ficamos fascinados com o convite da artista de participarmos de uma celebração de abertura dos fornos. A próxima será dia 22 de fevereiro, no sábado de carnaval. Alô minha norinha Mariana, que "odeia" viajar!!! Vamos nessa?
Veja ai uma foto, do mesmo site, de um desses eventos.
Na última abertura cerca de 700 pessoas estiveram presenciando o momento máximo, em que as peças de cerâmicas são retiradas das câmaras após queima em cerca de 1.300 graus e o esfriamento lento durante  3 dias.
São dadas explicações quantos às diversas etapas em que um pedaço de barro se transforma numa peça artística, a preparação desse barro com esmalte, a modelagem...
Agora voltamos a falar diretamente de Belisário.

Comentários

  1. Olá Cléber ! Se você não tiver pressa pra voltar, vale muito a pena descer até Parati de novo (desligando o câmbio automático..rsrsrs) e, pegar o trecho da Rio Santos até a entrada de Barra Mansa (Antes de Angra dos Reis), subindo a serra via Lídice e Rio Claro, admirando a paisagem e os túneis de pedra feito a mão pelos escravos, sem contar o trecho belíssimo da Rio Santos (estrada mais linda do Brasil), entre Parati e Angra. Neste trecho tem diversos restaurantes,a grande maioria familiar, onde se como um delicioso peixe por um preço bem justo.Recomendo fortemente comer um "peixe maluco" em Tarituba, que é uma colônia de pescadores entre Parati e Angra.

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  2. 👏👏👏👏👏👏👏👏👏🤩🤩🤩🤩🤩

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