MONTEIRO LOBATO: UM ÍCONE NACIONAL

A Prof. Jéssica e as demais colegas da E. Estadual Pedro Vicente de Freitas, quando subiram a Serra de Belisário hoje, puderam encarar esse visual.
Chegaram aqui junto com o sol.
E nos encontramos no mesmo local. É uma escola de inclusão, exceto para 4 patas. Sempre tem alguns deles na porta, esperando o(a) dono(a).
Eu sempre chamo a atenção para o mural de entrada. Sempre atualizado e mostra a dinâmica da Escola.
Olha isso que legal! Algumas palmeiras tiveram de ser cortadas, em função da idade, mas foram super bem aproveitadas no jardim. Uma Escola que trabalha com absoluto respeito ao Meio Ambiente, certamente que não iria queimar as árvores.
Agora sim, vamos entrar no "mundo encantado" de Monteiro Lobato, um paulista de Taubaté que faleceu em 1948. Formou-se  em Direito, atuou como promotor público e depois tornou-se fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô. Um homem à frente de seu tempo, Monteiro Lobato passou a publicar contos e crônicas em jornais e numa época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, tornou-se também editor, passando a publicar livros também no Brasil. Nasceram aí inovações nos livros didáticos e a literatura infantil.
E uma turminha que não é difícil de ser identificada nos recepcionou na entrada do salão.
Quem nunca ouviu falar da boneca de pano Emília, Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando era criança; Visconde de Sabugosa, o sábio sabugo de milho, Rabicó, Cuca, Saci Pererê e outros, que fazem parte do Sítio do Pica Pau Amarelo?

É que fomos convidados pela Prof. Denise para uma apresentação dos alunos da Educação Integral e da Sala de Recursos, para entrarmos com eles hoje nesse mundo.

O mundo do "era uma vez".
Vai ter até corrida de sapinhos, né professoras?
Denise convidou a turminha do Projeto Mente Ativa, do GAB e essas vieram de pronto.
Todos os cartazes tiveram a participação dos alunos na confecção.
A biblioteca da Escola leva o nome de Monteiro Lobato.
Olha o capricho de tudo por aqui. A Prof. Denise me informou que nesse livro constam trabalhos feitos pelos estudantes a partir das obras do autor.
Investir na leitura por parte dos filhos é tarefa dos pais.
Auditório cheio, com a presença dos pais dos alunos dos projetos e também dos alunos do 2º e 3º anos do E. Médio. Manezim também veio com a turma do Mente Ativa.
E vamos a uma poesia em homenagem ao escritor.
Agora a representação da conhecida Fábula da Cigarra e as Formigas, onde a primeira levava a vida a cantar enquanto as formigas trabalhavam, aprovisionando comida para o inverno. Na releitura apresentada hoje dessa fábula, quando o frio chegou a cigarra foi bater na porta do formigueiro para alimentar-se mas nada recebeu, vindo a morrer. O foco foi que ela sendo uma artista merecia respeito pela sua profissão e assim não deveria ficar desamparada pelas formigas, pois enchia o mundo de alegria, com seu canto.
Na versão original, a rainha das formigas abriu a porta, deu uma lição de moral na cigarra, advertindo-a que no mundo das formigas todos trabalham e se ela quisesse ficar com eles deveria assumir uma tarefa, a de cantar para eles. Termina a fábula dizendo que para a cigarra e as formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas. 
Corrida do Sapinhos foi outra apresentação de  uma fábula de alto teor pedagógico.  
Os bichinhos tinham que subir uma grande ladeira e, do lado havia uma grande multidão, que vibrava com eles, para ver quem chegaria na frente.
Começou a competição e a  multidão gritava:
– Não vão conseguir! Não vão conseguir!
E assim os sapinhos iam desistindo um a um, menos um deles, que continuava subindo. E a multidão a repetia:
– Não vão conseguir! Não vão conseguir!
No final da competição todos os sapinhos desistiram, menos aquele.
Todos queriam saber o que aconteceu, e quando foram perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim, descobriram que ele era SURDO!

Moral:
Quando queremos fazer alguma coisa que precise de coragem não devemos escutar as pessoas que falam que você não vai conseguir. Seja surdo aos apelos negativos.
Agora a peça de Pedrinho, que mora na cidade mas gosta mesmo é do sítio e não tem medo de nada, só de marimbondo. Todos deram um show nessa apresentação, com uma música de Jota Quest ao fundo. 
Elas registram no celular, abrem e fecham as cortinas, passam microfones...
Outro clássico de Monteiro Lobato, O Jeca Tatu. Em sala de aula eles aprenderam que nessa estória Lobato faz uma crítica àqueles moradores da roça que optam por uma vida de baixa produtividade, sem cuidados sequer para com a sua própria saúde. Esse era o Jeca.
Ócio, bebida, trabalho leve...
Mas, ele tinha necessidade de se cuidar. Estava cheio de vermes e anemia, um problema comum no século passado. Então o Dr. Caramujo deu-lhe remédio... 
E tudo mudou na sua vida. Passou a pegar pesado no trabalho e tornou-se próspero. Cuidar da saúde é preciso. Essa foi a lição. Monteiro Lobato também foi um crítico da falta de saneamento básico na cidade de São Paulo, em sua época, o que provocou uma grande revolução nessa área naquela cidade. Falei a respeito quando fui com Zé Muniz visitar o Museu da Boia, lá em SP.
Um outro conto vai começar, com narrativa de Aylla.
Vamos conhecer tia Anastácia...
A avó Dona Benta...
O porquinho Rabicó.
Todos levavam uma vida de magia no Sítio do Pica Pau Amarelo...
Com a sonhadora Narizinho, que insistia em querer que a sua boneca de pano Emília falasse como gente.
E assim foi procurar o Dr. Caramujo, que deu à boneca umas pílulas.
E não é que certo? Emília passou a falar a a falar muito. Narizinho até pensou em voltar  a fazer calar a boneca.
Mas aos poucos Emília baixou o falatório, vindo a moderar-se na sua tagarelice. 
Olha o saci-pererê na ponta! Aplausos para os artistas.
Um big lanche foi servido. 
As crianças também trabalharam durante a semana nas receitas da roça, que agora estão sendo oferecidas. Mérito das servidoras da cozinha que prepararam tudo isso.
Essa turma de professoras é muito show.
E querem fotos com os artistas.
Eu quase esqueci de comer. É ruim que isso possa acontecer!!!
Esse biscoito estava sensacional!
Concorda comigo, baixinho?
Mais um pouquinho sobre Monteiro Lobato:
Em 1914, como fazendeiro em Buquira, durante o inverno seco, cansado de enfrentar as constantes queimadas praticadas pelos caboclos, o fazendeiro escreveu uma "indignação" intitulada Velha Praga.
Após implantar a Companhia Petróleos do Brasil, Monteiro Lobato fundou várias empresas para fazer perfuração de petróleo, como a Companhia Petróleo Nacional, a Companhia Petrolífera Brasileira e a Companhia de Petróleo Cruzeiro do Sul, e a maior de todas, a Companhia Mato-grossense de Petróleo, que visava perfurar próximo da fronteira com a Bolívia, país vizinho que já encontrara petróleo.

Com isso Lobato prejudicou os interesses de gente muito importante na política brasileira, e de grandes empresas estrangeiras. Começava a luta que o deixou pobre, doente e desgostoso. Havia interesse oficial em se dizer que no Brasil não havia petróleo. Tendo-os como adversários, passou a enfrentá-los publicamente. È de Monteiro Lobato a célebre frase: O Petróleo é Nosso.


Parabéns à Direção, professores e servidores por essa Escola que é o orgulho de Belisário!

Comentários

  1. Muito bonita a matéria. Aprendi muito. Obrigada meninos, meninas e professores da EEPVF, de Belisário. Que bom que vocês têm ai bons fotógrafos e esse blog que mostram vocês pra gente que está distante.

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  2. Parabéns à escola, seus professores e professoras e parabéns para quem escreve o blog. A leitura é prazerosa e flui aos olhos ávidos por chegar ao desfecho da história. Parabéns à direção da escola pela responsabilidade em gestar valorizando o pedagógico e à especialista da escola por estimular e atuar no pedagógico como deve ser: pura pulsação responsável por fazer bater o coração dessa escola. Meu abraço pra vocês.

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