SANTOS I

julho 07, 2019

SANTOS I

Bia nos convidou para um programa no sábado, que envolveria parte da turminha do CISV, brasileiros e egípcios. Peguei a minha carteirinha da FUNAI, esperando um programa de índio, depois da chuvarada de quinta e sexta e o frio previsto para SP.

Ledo engano de minha parte. O dia amanheceu ensolarado e a temperatura fria, mas não de matar. Muitas bikes na rua.

Trânsito fluindo beleza. Terça é feriado estadual em SP, e muitos emendam a segunda. Sobre essa data, vai aí uma colher de chá para você: é o Dia da Revolução Constitucionalista, comemorado em 9 de julho. A data é uma homenagem ao movimento contra ditadura de Getúlio Vargas, realizado em 1932 pelos paulistas. Os mineiros, prometeram entrar nessa briga com eles, mas na última hora pularam fora.

Os paulistas consideram a Revolução Constitucionalista como sendo o maior movimento cívico de sua história. Foram 87 dias de combates, com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2.200 mortos.

Por essas e outras até hoje o SP é uma das poucas cidades que não tem nenhuma rua ou praça importante homenageando o ilustre presidente Vargas. E você nunca vai achar uma homenagem a 9 de julho no Rio. Certamente é uma das razões de cariocas e paulistas não se suportarem muito. Mais isso não é aula de história.

Vamos voltar ao nosso passeio. Léo foi em nosso carro. Lu foi com a nova irmã e os pais, no outro carro.

Marginal Pinheiros, próximo ao Morumbi. Linda essa região.

E estamos na Rodovia dos Imigrantes.

Represa Billings.

Descendo a serra, pegando, como Roberto Carlos, "... as curvas da estrada de Santos."

E o símbolo da cidade, um peixe, indica que estamos m Santos.

Estamos no Porto de Santos, um porto estuarino (estuário é um ambiente aquático de transição entre um rio e o mar), localizado nos municípios de Santos Guarujá, e Cubatão. É o principal porto brasileiro, e o maior complexo portuário da América Latina.

Meu coração dispara quando estou perto de um trem. A buzina de uma locomotiva me faz arrepiar.

Toda essa região está fortemente ligada à história do Brasil. Há relatos sobre a Ilha de São Vicente apenas dois anos após o descobrimento oficial do Brasil, em 1502, com a expedição de Américo Vespúcio, que veio reconhecer a costa brasileira. Essa expedição deu-lhe esse nome, por ser o santo do dia.

Com isso tudo aqui cheira história.

Léo pega até o casaco da vovó Mirian.

Azulejos portugueses pra todo lado. Muitos casarios restaurados ...

... e muitos outros por restaurar.

Vamos pegar um bonde, daqui a pouco.

Estamos chegando em nosso primeiro destino.

Mais um pouquinho de história: Em 1859, Irineu Evangelista de Souza convenceu o governo imperial da importância da construção de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Porto de Santos, uma das pioneiras do Brasil. O trecho de 800 metros de altitude e 8 quilômetros de extensão da Serra do Mar era considerado impraticável em função disso. Mas para o empreendedor Mauá nada era impossível. Foi buscar um dos maiores especialistas no assunto: o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees.

Chegamos na Estação Ferroviária do Valongo, um prédio construído também pelo Barão de Mauá, para atender à linha São Paulo-Santos.

"Verdadeira relíquia arquitetônica, a Estação do Valongo foi a primeira do Estado de São Paulo a ouvir o apito de um trem. Projetada na Inglaterra e inaugurada em 1867 pela São Paulo Railway, possui linhas neoclássicas inspiradas na estação londrina Victoria Station, sendo a única construção de Santos preparada para a neve." (depois que inventaram o Google eu me tornei um cara hiper inteligente).

A turma do CISV já está no local.

Uma feirinha de artesanato...

Essa é de minha propriedade.

Registro de família.

Aqui o nosso primeiro programa: uma visita ao Museu do Pelé.

Gostamos muito.

Mais história do Rei do Futebol. Tudo começou em 1956, quando Edson e o pai Dondinho saíram de Bauru para tentarem a sorte em Santos.

Fiz o meu protesto junto a um museólogo. Eles mais ou menos omitem que Pelé é mineiro, de Três Corações. Em um texto falam em cidade do interior e omitem o estado. Citam que o pai era jogador no Sul de Minas...

Aqui faz referências `a cidade Três Corações, sem citar o estado de Minas.

Esse registro histórico quando Pelé marcou seu milésimo gol no Maracanã, num pênalti contra o Vasco da Gama, em 19 de novembro de 1969, às 23h23m.