CONTINUANDO O GIRO EM PARANAPIACABA
Estou partindo do princípio de que você leu a matéria anterior, mostrando a nossa ida a Paranapiacaba, um distrito de Santo
André, onde está inserida uma vila ferroviária para residência dos empregados da companhia inglesa de trens São Paulo Railway, vila essa criada para servir de base à construção da ferrovia ligando o interior paulista a Santos, principalmente para transportar café e passageiros e ser também um centro de controle operacional.
Essa turista se vestiu com os trajes ingleses.
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Para uma sessão de fotos. Turistar é isso. Fazer coisas até aparentemente ridículas, mas ser feliz, longe dos olhos dos críticos de plantão. |
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Vamos dar um giro pela vila e almoçar. |
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A placa explica que nesse pau, entre a vila e o pátio ferroviário, eram colocados os avisos de missas e anúncios de mortes e outros recados. |
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Aqui o mercado, criado em 1899. Atualmente é um espaço de feiras de artesanato e comidas locais. |
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Fala-se muito em cambuci por aqui. É essa fruta ai, meio-amarga, mas suave. |
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Continuamos subindo.![]() ![]() Mirian e eu viajamos no tempo nessa casa. ![]() |
Ela guarda semelhanças com uma onde moramos, em Conselheiro Lafaiete, quando eu era Engenheiro Residente naquela cidade.
Eu falo e provo. Olha aí, por volta de 1983, com minha filha Bianca com cerca de 3 aninhos. A casa era muuuuuito grande. As crianças se perdiam lá dentro.
Já mostrei essa foto na outra matéria. Vamos subir até lá.
Um muito bem montado museu, com uma guia dando todas as explicações em cada ambiente.
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Da janela de um quarto essa vista. Paranapiacaba na língua tupi significa “lugar de onde se vê o mar". Com o dia mais claro se avista Cubatão daqui. |
Quarto do casal.
Segundo a guia, o futebol, que veio para o Brasil através dos ingleses, teve aqui o seu primeiro campo marcado com as medidas oficiais. O Corinthians , que foi fundado depois do time dos ferroviários locais, aqui esteve e perdeu de 2 X 1. Naquela época o Timão certamente não comprava juízes.
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Final da tarde, vamos começar a descer.
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Um grupo passou com essas camisas da Missão Caleb, da Igreja Adventista, que mobiliza jovens para ações sociais. Eles estão realizando uma aqui na vila, junto com uma equipe de Santo André. |
Grande figura o Felipe, que nos levou de carro de volta até a estação. Também é guia de turismo e assim o papo com ele foi muito agradável. Vai ler a matéria no blog.
A campainha começa a soar, baixando as canelas para os carros, na passagem de nível, para o nosso trem que está chegando.
Perto das duas casas que moramos em Lafaiete tinha esse equipamento, que tocava a noite inteira. Talvez ai a explicação para o fato de que em 4 anos tivemos 3 filhos.
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Olha aí, D. Nina, a cidade onde você trouxe jovens de Belisário para conhecer uma indústria de gás! Tem muitos belisarienses que moram aqui. |
Ufa, acabei! Esse passeio rendeu assunto.
Opa! E o que está errado naquele relógio no Museu? Veja como está escrito o número IV. A guia deu alguns possíveis motivos. Dê uma pesquisada nisso e depois você me fala.
Parece que havia a escrita de quatro iiii, no algarismo romano, nº transformado depois em IV, para o núero arábico 4, não é, sr. Engenheiro? O dito carrinho a gente chamava de "trolley", impulsionado por uma vara. Já o " Automóvel de linha" era mais veloz e parecia um fordeco 29. Isso a gente via muito frequentemente em Dom Lara, indo para ou vindo de Caratinga. E a meninada ia levar macaquinhos muriquis pra tentar vender aos viajantes, aqueles passageiros de guardapó branco. Quando alguém conseguia vender, pagava pra nós o café com leite com brevidade de polvilho da janela da estação, negócio da mulher do chefe. Um fazendeiro protetor desses animais acabou com isso, hoje por lá tem a ESTAÇÃO ECOLÓGICA FELICIANO MIGUEL ABDALA, em nome dele. O trem também deixou de existir, mas para mim não. Cléber, que matérias você inventa. Cada uma melhor que a outra, doutor. Obrigadíssimos os seus fans. Abraços.
ResponderExcluir1 Hipótese: Estética!
ResponderExcluirA primeira hipótese pode ter sido levada em consideração por conta dos antigos relojoeiros que acreditavam que o número IIII deixava o relógio esteticamente mais bonito e equilibrado. Se observarmos o mostrador do relógio romano os números ficam representados dessa forma: do 1 ao 4: I, II, III, IIII, do 5 ao 8: V,VI,VII,VIII e do 9 ao 12: IX, X, XI, XII, o que gera uma excelente simetria!
2 Hipótese: Para evitar confusão!
Conta-se que o maquinista de uma estação ferroviária olhou para o relógio e se confundiu quando o I do IV teria sido coberto pelo ponteiro de horas, assim ele saiu da estação 1 hora antes do horário previsto, quando vinha outro trem na mesma linha sentido contrário e os dois colidiram brutalmente. Desde então os relógios das estações foram trocados sendo usado o IIII para não haver mais este tipo de confusão.
3 Hipótese: Origem religiosa!
O uso do IIII ter continuado pode ter origem religiosa. Os algarismos romanos são formados por letras e a combinação delas podem também significar uma abreviação. Entre os deuses romanos pagãos, o deus do dia, era grafado em latim como IVPPITER (Júpiter). Segundo teoria, para não utilizar as iniciais de um deus pagão em igrejas Cristãs, foi optado por manter a velha forma IIII.
As 3 histórias são muito curiosas sobre o numero 4 nos relógios com números romanos e não sabemos ao certo qual delas é real, ou talvez, todas elas façam sentido!
Hoje, existem relógios com os dois tipos de números romanos que decoram e contam histórias, afinal, são muitas hipóteses que nos fazem viajar no tempo e imaginar o que e o porquê disso!
https://www.carrodemola.com.br/blog/relogios-com-numeros-romanos/