Alegre e brincalhão, o Sr. Alcides Martins procurava fugir da morte. Visitava a família quando havia um falecimento em Belisário, mas na hora do enterro ele ia embora e virava pro defunto: "agora você vai que eu vou continuar aqui". Mirian sempre citava essa conversa com ele.
Mas ontem a
morte o pegou. Esteve bem durante os seus 98 anos de vida, somente vindo a ter
uma recaída recentemente.
Teve uma vida plena de saúde, carinho da família e de amigos.
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No ofício de sua despedida o
Frei Gilberto lembra que esse não era momento de reforçar a morte, mas de
celebrar a vida. Que nessa hora as forças que fortalecem aos que perdem
entes queridos vêm da fé, da confiança na graça de Deus.
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É um momento para
relembrar a vida que gozou o Sr. Alcides, que quase chegou aos 100 anos,
mas teve uma vida intensa. Isso é motivo de gratidão a Deus.
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Na
conversa com o filho José Alcides, ele me contou que o pai nasceu na região da
Pedra Alta e assim sempre viveu em Belisário. Foi casado com D. Belmira por mais de 70 anos, com quem teve 11 filhos. |
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José
Alcides destaca que a palavra "trabalho" pode ser a que melhor define
a personalidade de seu pai. Sr. Alcides criou os 11 filhos tirando o sustento
na enxada e todos eles são pessoas de trabalho e honra. |
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De
fato, o momento é de se comemorar uma vida intensa e digna, como essa. |
Parecia eterno esse meu vizinho. Sempre com Da. Belmira do lado, debruçado ali na mureta da casa bem em frente a minha, de tarde, era só atravessar a rua e ouvir algo jocoso. Falar com eles um pouquinho era uma forma de arrematar bem minha jornada. Depois que ela morreu, ele tentou ser o mesmo, talvez para agradar a todos. Mas acho que não conseguiu. Sem sua "Beimira" se sentia muito só, mesmo tendo filhos, netos e muitos amigos à sua volta. Somos mortais. Um abraço aos seus familiares.
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