DE VOLTA PRO MEU ACONCHEGO

Vamos ver isso, descendo a serra, mas na estrada do Serrote.
Saímos na BR 116, perto de Miradouro e é pra lá que vamos. Mais precisamente nessa casa. Conhece essa senhora?
Isso mesmo! D. Nina Campos está de volta pro seu aconchego, depois de 30 meses morando em Copacabana, depois de desligar-se de Belisário.
Foi a sua primeira noite em sua nova residência e nós fomos as suas primeiras visitas. Para nos mostrar a casa, o meu irmão Gilmar nos levou até lá.
Nina está como pinto no lixo. Nessa cidade ela nasceu, de onde saiu para Vieiras, Caratinga e Muriaé, para estudar no Santa Marcelina. Não sei se foi exatamente nessa ordem.
Depois foi estudar na Fundação Getúlio Vargas (RJ) e ingressou na carreira diplomática, chegando a Oficial de Chancelaria.
Rodou continentes, voltou para Ipanema e veio para Belisário, onde revolucionou o distrito e onde deixou para a comunidade todo o patrimônio por ela adquirido em toda a sua vida.
Feliz da vida ela aponta para a casa onde nasceu, perto daquela palmeira.
Mirian e Regina dão sugestões quanto à colocação dos quadros. 
Aqui quase a metade da cidade é de seus parentes. Vai ter muita conversa pra jogar fora. Zé Heitor, veio visitá-la. Ele é um grande amigo de Belisário, sempre traz muitos brindes para a nossa cavalgada.
Vamos almoçar. Tudo pertinho de sua casa.
Vamos ver um pouquinho da história de Miradouro.
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Nos seus primórdios, a população foi formada pelas famílias descendentes dos antigos mineiros que, quando da decadência da produção de ouro do fim do séc. XVIII abandonaram a região das minas e passaram a povoar a zona de mata da província no trecho entre a então Vila Rica e o Rio de Janeiro, para se dedicarem à agricultura e à pecuária.
Nos fins do século XVIII, famílias marianenses migraram para o leste em busca de terras férteis. Entre eles, estava o capitão Constantino José Pinto, que fundou a aldeia de São Paulo do Muriaé.
A região de Miradouro começou a ser desbravada no início do séc. XIX, quando Constantino José Pinto, chefiando numerosa expedição, adentrou por aqueles sertões na busca de riquezas naturais e de terras para a lavoura e o pastoreio.
Em 1938, com o nome de Glória, o antigo povoado foi elevado a cidade e, em 1943, ganhou a denominação de Miradouro, justificada pela existência, nas sua proximidades, de uma elevação de onde se descortina esplêndida vista da região.
Sua principal data comemorativa é o dia 22 de maio, dia de Santa Rita de Cássia – santa padroeira do município.

Tá bonitinha a cidade.
Comidinha caseira, onde Nina pretende se alimentar. Não vai ligar o seu fogão.
Passamos de volta no amigo Gilmar. Ele tinha um presente pra mim.
Um bio fertilizante que estão produzindo, para terem a garantia de uma verdura genuinamente orgânica. Isso também eu vou ganhar.
Na verdade é o seu amigo Dado que produz isso e o fazem sem o espírito de ganhar dinheiro, mas o de espalhar uma boa prática, que evite o fertilizante químico.Gilmar é gente do bem.
A nossa expectativa é a de que teremos a amiga Nina de vez em quando por aqui, onde deixou fortes marcas.
Rio de janeiro não é lugar para se morar, principalmente pra quem conhece as delícias de uma região tranquila.


Comentários

  1. Gostei demais da matéria, pois admiro muito a dona NINA.

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  2. Bela edição. Texto sobre Dona Nina, bonito.

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  3. Muito agradecida pela visita, as lindas fotos e os comentários. Sejam bem vindos ! Beijos. O Rio de Janeiro é lindo, terei sempre saudade dele. Mas aqui tenho mais tranquilidade e convivência com
    parentes e amigos, além de poder ir ver Belisário e sua gente que eu amo tanto...

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