CUIDADOS CONTRA A FEBRE AMARELA.

Já falei da minha ida a JF na sexta passada, para o enterro de um  amigo, vítima de febre amarela. O assunto é falado 24 horas nas mídias. Será que é motivo para tanto pânico?  Estive ontem cedo na Unidade Básica de Saúde de Belisário, para conversar a respeito com Júnior, o Enfermeiro chefe de lá.

Mas ele e parte da equipe estavam em visitas domiciliares. Logo vi o carro estacionado aqui perto e assim a conversa se deu aqui em casa mesmo. Natânia e Patrícia também presentes.

A minha primeira pergunta foi se Belisário precisa se preocupar com o surto de febre amarela, principalmente por estarmos numa zona de amortecimento de um parque florestal. A resposta foi que sempre há que se preocupar com o surgimento de uma doença e sempre há que se ter precauções. A primeira delas é a manutenção do quintal limpo. O quintal é a extensão da casa. Não podemos dar condições para mosquitos proliferarem, seja da dengue, da chikungunya, febre amarela...

A outra recomendação é tomar a vacina. Sobre isso, eu tenho observado que Belisário não tem qualquer dificuldade. Nem fila há. Já desde algum tempo a nossa UBS tem vacinado toda a comunidade e aqui só não foi vacinado o morador displicente. Crianças a partir do nono mês já são vacinadas pelo posto. 

Júnior informou que a equipe tem saído para a zona rural com o kit de vacinas. Idosos que não podem sair, recebem a equipe em casa. Inclusive essa é a realidade em toda a região de Muriaé, em suas 31 unidades de saúde. As equipes vão até as casas e mesmo abrigos para vacinarem e a coordenadora dos postos de Muriaé está indo a Ubá para pegar mais doses da vacina, que não acabaram na cidade.

Ele lembra que nem se pode pensar em matar o macaco, já que ele é o hospedeiro do mosquito e se contaminado, o macaco ajuda aos humanos a identificar o foco da doença na região.

Júnior também lembra que uma tampinha de garrafa pode ser um local para a procriação do mosquito. Uma lona sobre uma lenha pode acumular água. Pneus são ótimos locais para os mosquitos procriarem. 

Outra coisa que Júnior destaca é que o entendimento da área científica hoje é que quem recebeu uma única dose não precisa se vacinar novamente. Vacinar sem critério pode ser mais perigoso, trazendo mal para o paciente.

Disso tudo resumimos que não há motivos para pânico. A parte de cada morador é vacinar-se, se ainda não o fez e cuidar melhor de seu quintal. Prevenir é sempre melhor do que remediar, sempre.

Muito eficiente essa nossa UBS. Até entrevista pra blog fazem a domicílio.