EU JÁ ESTOU COM O PÉ NESSA ESTRADA ...

Eu já estou com o pé nessa estrada
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes amanhã... (Elis Regina)

No domingo pela manhã malas no carro. Uma defesa em relação à segurança em Belisário. Um ato isolado não pode queimar a imagem de nosso distrito. Na lavagem do carro, na véspera, esqueci essas cordas na calçada. Em qualquer lugar isso não estaria aqui pela manhã. Sempre acontece coisa parecida comigo sem qualquer perda.
Descendo a Serra de Belisário.
Uma semana com alta umidade do ar e um pouquinho de chuva muda a paisagem em dois dias. A natureza não é vingativa; ainda bem.
Apesar de ser domingo, Dr. Fernando marcou uma consulta às 8 horas da madrugada com Mirian, num tratamento complicado de um canal, antes da viagem. Além de um profissional de alto nível, é uma figura humana incomparável.

Passando por Juiz de Fora.
E pegando a BR 040, sentido BH. Passei por dentro da cidade para fugir da tradicional feira da Avenida Brasil, onde o trânsito é fechado nos domingos.
E já tomando a direção do Sul de Minas. Nada de BH.
Essa colônia de ciganos está aqui, na estrada de Lima Duarte,  já há décadas. Sem preguiça, leia um pouquinho sobre essa etnia. Sobre esses, especificamente, não achei nada na internet.


"Originários provavelmente da Índia, os ciganos chegaram ao Brasil provavelmente nas décadas de 1560 e 1570. Há registros de ciganos acusados e condenados a cumprir pena no Reino que, por motivos pessoais, solicitaram a comutação da pena pelo degredo, sendo então enviados para a Colônia. 

Por não conseguir êxito na integração dos ciganos à sociedade portuguesa, além da necessidade de povoar os territórios de além-mar, Portugal enviou vários indivíduos e suas famílias, primeiro para a África e depois para o Brasil. Esperava-se que os ciganos ajudassem a povoar áreas dos sertões nordestinos, ocupadas por índios. Apesar de serem considerados perigosos, o Reino preferia os ciganos aos indígenas.

Um decreto de 18 de janeiro de 1677 impôs o degredo de ciganos para a Bahia ou para as capitanias do Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro, entre outras. Houve ainda tentativas de separar homens e mulheres, com o objetivo da extinção dos ciganos como povo.

[...] Os ciganos andavam em bandos mais ou menos numerosos, e aqueles que não se entregavam à pilhagem, e a certos negócios, como a compra e venda de cavalos, nos quais os indivíduos pouco experientes sempre saíam logrados, eram geralmente caldeireiros ambulantes e onde quer que chegassem, levantavam as suas tendas, e saíam à procura de trabalho que consistia, especialmente, no conserto de objetos de latão e cobre. As mulheres, porém, importunas, astutas e minimamente loquazes, saíam a esmolar, e liam a buena dicha pelas linhas das mãos, predizendo a boa ou má-sorte do indivíduo, mediante uma remuneração qualquer. [...]

Documentos históricos comprovam que houve um grande crescimento populacional e econômico da comunidade cigana na Bahia. Salvador, a primeira capital colonial brasileira, tornou-se a cidade mais importante para os ciganos no Brasil.

Da Bahia, muitos deles foram em direção a Minas Gerais, causando desconforto para as autoridades da época, que tentaram de várias maneiras impedir a presença deles na região por ser considerado um povo desobediente e malcriado. 

Existem notícias de ciganos em São Paulo, no ano de 1726, quando foram solicitadas providências às autoridades para sua expulsão, dentro de 24 horas, sob pena de serem presos, uma vez que era um povo afeito a jogos e outras perturbações. Em 1760, os vereadores paulistas resolveram expulsar um bando de ciganos composto de homens, mulheres e filhos, por causa de queixas da população, também num prazo máximo de 24 horas.

A partir da Primeira Guerra Mundial, 1914 a 1918, houve um grande número de famílias ciganas que imigraram para o Brasil, oriundos principalmente, de países do Leste Europeu. Ao chegar, eles se dedicaram ao comércio de burros, cavalos, ao artesanato de cobre, às atividades circenses, viviam em barracas e praticavam o nomadismo. Hoje, poucos ciganos ainda são nômades no Brasil. 

De acordo com dados do Censo 2010 do IBGE, existem no País cerca de 800 mil ciganos.
Um pouquinho antes de Caxambu tem Baependi, onde a maior atração á esta. O nome da beata Nhá Chica é uma expressão por aqui. Leia isso:

Nhá Chica foi uma criança pobre, criada sem família, que se tornou uma líder espiritual na região, conselheira de ricos e pobres atendendo a ambos sempre com uma palavra de conforto, um conselho ou uma promessa de oração. Muitos, não tomavam decisões sem primeiro consultá-la, e para tantas pessoas, ela era considerada uma "santa", todavia em resposta para quem quis saber quem ela, realmente, era, respondeu com tranquilidade: "... É porque eu rezo com fé".
Sua fama de santidade foi se espalhando de tal modo que pessoas de muito longe começaram a visitar Baependi para conhecê-la, conversar com ela, falar-lhe de suas dores e necessidades e, sobretudo para pedir-lhe orações.
Nhá Chica morreu no dia 14 de junho de 1895, estando com 87 anos de idade. (https://www.nhachica.org.br/sobre-a-nha-chica-historia.php)
Estive aqui em 2012, acompanhando o Coral da AABB-BH. O Santuário é um dos mais bonitos que conheci. E veja que conheço todos os das principais cidades históricas de Minas, Salvador e Cachoeira-Ba.
Fiquei muito bem impressionado.
Já estamos em Caxambu.
E no trevo de Lambari.
Poucos entendem o motivo de nós passarmos por aqui para irmos pra SP. Essas estradas nos agradam mais do que a Dutra e não tem a PRF por quem eu não nutro simpatia, embora reconheça o trabalho dela no combate ao crime. Nas formas de aplicar multas ela não tem o meu respeito. E aqui também não tem pedágio.Apenas tês, de 2,10 cada.
Dentro da cidade.
As paisagens são como pinturas.
Terra fértil...
... e planas. Um gado daqui tem de ter carne macia.
Já na Fernão Dias.
Tem tido muitos tombamentos nessa BR. Cautela na hora de cruzar.
Defina essa máquina, Gilmar Assafrão. *****
Isso aqui é fantástico. Um totem com as distâncias até os principais centro do mundo.
Olha o que achamos aqui.
Algum invejoso logo vai duvidar disso.
Já escurecendo estávamos entre Mariporã e Atibaia, onde sempre tem engarrafamento, na volta do fim de semana. Trânsito parado, meu pisca alerta ligado e mesmo assim um motorista distraído me dá uma porrada na traseira. O carro dele amassou muito a parte superior do capô. O meu só uma afundada no pára-choque. Vantagem de pick-up. Olha ai um palpite da placa do desastrado, para uma fezinha na milhar no jogo do bicho: 86 é tigre.
Mas tudo bem. Já brincando com Léo na brinquedoteca hoje pela manhã.
Quer dizer, se tem uma mãe fazendo isso com o filho, ela pode muito bem fazer com o meu neto. Estamos em época de terceirização de serviços.
Uma entrada na academia de balé do prédio. Olha o nível.
Se o nosso projeto Balé na Serra crescer vamos providenciar pelo menos um piso mais digno lá no GAB.

***** Gilmar Assafrão, consultor do blog para assuntos de motociclismo: 
"Rsrs...essa foi fácil, trata-se de uma BMW GS 1200....nada mais, nada menos que a top das motocicletas e sonho de consumo de todos os amantes das duas rodas... incluindo neste grupo esse amigo que vos escreve... 



Comentários

  1. Amigo Cleber !!!
    Rsrs...essa foi fácil, trata-se de uma BMW GS 1200....nada mais, nada menos que a top das motocicletas e sonho de consumo de todos os amantes das duas rodas... incluindo Nestor grupo esse amigo que vos escreve...

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