O CASO BENTO: E AGORA? RESPONSABILIDADE DE QUEM?

Na quinta-feira passada um incidente envolvendo "Bentinho" agitou Belisário. O caso ainda está pendente de uma solução definitiva. Ele teve, pela manhã, um surto muito forte e passou a agredir pessoas na vizinhança. O mais afetado foi o nosso Chiquinho, pessoa também muito querida, que teve de ser removido para Muriaé, para levar pontos na cabeça. Outras duas mulheres também sofreram agressões.
Muito exaltado, apesar daquele corpo franzino, precisou ser imobilizado por vários homens, até que chegasse o SAMU e a PM. Removido para Muriaé, era de se esperar que fosse internado no hospital S. Paulo, como rege o protocolo do CAPES, órgão municipal de saúde, que trata desse tipo de problema, até que saísse do surto. Que nada. Já no final da tarde ele subiu no ônibus, de volta para casa.
Como fomos acionados na hora do incidente, nos envolvemos também na busca de solução do problema, de alta complexidade. Junto com o vereador Lelei fomos no subsecretário de Saúde, Wescley, que encaminhou o assunto para o CAPES. Lelei lá esteve pessoalmente, reuninodo-se com o coordenador, que mandou técnicos para uma visita domiciliar nessa terça.
A UBS, que já tem processo formado sobre esse paciente, inclusive pela forma displicente com que sua irmã e sua curadora o trata, mesmo por que, também tem ela as suas limitações emocionais. Nessa semana uma equipe de lá também fez uma visita domiciliar ao Bento, junto com a Assistente Social, que acionará o Ministério Público, retomando o processo lá existente para, quem sabe, seja nomeado outro membro da família como curador.
Kelly, na foto abaixo, além de dedicada servidora da saúde, tem acompanhado o problema como vizinha. Na rua o temor é muito grande, principalmente por parte das crianças.

E por que falamos tudo isso? Pelo fato do assunto ter tomado rumos diversos, como se tornou comum hoje com as redes sociais, e isso pode levar ao desvio do foco e assim da solução.
Bentinho é um patrimônio humano da comunidade belisariense, merecendo de nossa parte todo o carinho. Sobre isso o Frei Gilberto falou, no grupo de zap da RVP-Rede de Vizinhos Protegidos: "como comunidade cristã somos chamados a agir com misericórdia, acompanhando Bento e garantindo a ele uma assistência médica adequada".Não existem mais os hospitais psiquiátricos, como em Barbacena, onde se fazia internamento para esse tipo de caso e só Deus sabe o que passava entre os seus muros.
Segundo Júnior, enfermeiro da UBS, existem clinicas que acolhem essas pessoas, que podem remunerar com a sua aposentadoria. Em Muriaé não existe isso. Onde teria? 

O assunto é grave e nunca se sabe onde pode dar. Sendo medicado ele não oferece perigo, mas mora sozinho o que dificulta esse controle.


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