FÍGADO: VAMOS FALAR SOBRE ISSO?

Não podemos perder essa chance. Dra Helma Cotrim viaja o país e o mundo participando de bancas de doutorado, fazendo palestras em seminários médicos, então vamos pegar uma rápida entrevista com ela, tratando de sua especialidade.

Além de grande amiga, ela é sogra de meu filho André. Juntamente com o marido Omar, mineiro de Araxá, estiveram em Belisário. Ela é baiana.

Dra Helma iniciou sua carreira como clínica geral, fez residência em gastroenterologia e optou pela hepatologia, área da medicina que cuida do fígado, nas suas fontes de pesquisa, em seus estudos, e em seu doutorado na Bahia, e pós-doutorado nos Estados Unidos.

Embelisário: O álcool é algo que traz muita preocupação para a saúde pública, áreas de segurança, provoca desagregação familiar. E em relação ao fígado, como é essa relação?

Dra. Helma: Fazer um brinde, uma champanhe ou outra bebidinha  numa festa, numa saída noturna, nenhum mal faz a um indivíduo. Mas o uso contínuo tem grandes chances de trazer prejuízos ao fígado. Alguns alegam que só bebem socialmente. Mas essa rotina for, por exemplo, três vezes por semana, duas doses de uísque, coquetéis ou taças de vinho, o prejuízo é o mesmo daquele indivíduo declarado alcoólatra. Ele também tem grandes chances de vir adquirir uma doença no fígado, no pâncreas, aparelho digestivo, ou coração. Não precisa viver bêbado pelas ruas para ter problemas.
As estatísticas mostram que em 5 anos a pessoa pode apresentar alterações no fígado. Com 10 anos pode apresentar cirrose. Essa doença pode não matar no primeiro momento, mas pode provocar  um câncer, exigindo-se um transplante de fígado e mesmo levar a óbito.

Embelisário: Mas essa questão entre  bebida leve como a cerveja e a bebida destilada? O fígado faz diferença entre elas?

Dra Helma: Não faz.  O fígado mede a quantidade de gramas de álcool que entra no organismo, o etanol que a pessoa ingere. Pouco importa se 3 garrafas de cerveja ou 2 doses de uísque, com ou sem gelo.

Embelisário: E os anabolizantes? Como eles se relacionam com o fígado?

Dra. Helma: Esse problema  vem crescendo muito no país. Os anabolizantes foram  criados para o tratamento de  algumas doenças. O seu uso indiscriminado, com objetivos estéticos pode agredir fortemente o fígado, com o surgimento de tumores, hepatite tóxica e outras alterações. Os efeitos são extremamente maléficos.



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