ENCONTROS E DESPEDIDAS

Aconteceu nessa sexta, no fim da manhã, o enterro de Orestes Belete. O sepultamento foi adiado ao máximo, para que desse tempo de seu filho mais velho chegar de Macaé, onde trabalha embarcado, na produção de petróleo.
Pessoas de Belisário e muitos do Estado do Rio e Muriaé passaram pelo velório. Ele vinha morando em Muriaé já há muitos anos.
Sempre gosto de saber algo sobre o falecido, principalmente quando não o conhecia. Sobre Orestes, ele chegou aqui com o irmão "Belete", quando este adquiriu a fazenda em 1978. Foi seu braço forte no plantio da primeira lavoura de café e na instalação das benfeitorias  da propriedade.

Foi presidente do Estrela Futebol Clube e grande incentivador do futebol por aqui. Miltinho lembra que, com frequência, ele trazia times do Rio para jogar com a turma de Belisário.

Antônio Balbino destacou que ele era extremamente prestativo. Se o visse descarregando um caminhão logo se oferecia para ajudar, mesmo que estivesse "arrumado" para sair. A sua rural era frequentemente utilizada para varar as estradas de barro, para levar pessoas doentes e grávidas para Muriaé.Teve total participação na construção de um segundo "cruzeiro" lá no alto do morro e no cemitério.

Orestes, de cabelos brancos, está em pé na foto que peguei no Face de Mara, sua filha
"Mas renova-se a esperança", como canta Milton, e utilizo novamente os versos de ENCONTROS E DESPEDIDAS, também dele e de Fernando Brant, para lembrar que:

A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar

Tem gente que vai pra nunca mais...

Pois é, se parte Orestes, chega Lavínea, que aparece no colo da vó Honorita.
E agora com o irmão Guilherme. A recém chegada é filha de Danilo e Ariana, que moram em Muriaé e têm casa para fim de semana em Belisário.
E a renovação da vida.
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida

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