JUÇARA - PROTEGER É PRECISO.
A convite da Prefeitura de Rosário da Limeira, lá estivemos hoje, sábado, para participar do SABADÃO DA JUÇARA: evento realizado pela ONG ENGENHEIROS SEM FRONTEIRAS, uma instituição de caráter internacional, com um núcleo também na Universidade Federal de Viçosa. (clique nas fotos).
Aos poucos o "povo" ia se juntando na praça para ver o que ali acontecia.
O objetivo desse projeto, que veio em Rosário da Limeira, é o de conscientizar a população para a necessidade de se preservar a PALMEIRA JUÇARA, com a exploração do seu fruto e nunca o palmito, já que a extração dele implica na derrubada da árvore.
Leia um pouco sobre isso:
"A palmeira
Juçara (Euterpe edulis –
Arecaceae) é uma espécie de extrema importância para a biodiversidade da Mata
Atlântica. Seus frutos servem de alimento para mais de 70 espécies de animais e
aves, sendo considerada espécie chave para a conservação de florestas no Bioma.
O alto valor comercial do palmito faz dele um dos produtos florestais mais
explorados há séculos, e para sua obtenção é necessário o corte da palmeira. Devido ao
extrativismo predatório e ilegal do palmito, a planta é cortada antes mesmo de
se reproduzir, causando um grande impacto na regeneração natural. Hoje, a
espécie passa por um momento crítico pela expressiva redução de suas populações
naturais e está incluída na lista oficial de espécies ameaçadas de extinção."
Algumas oficinas foram montadas no local. Uma delas ensinava como se fazer suco do fruto da juçara, misturado com o limão. Provei e gostei.
Também receita de bolo do fruto... |
A nossa amiga Mariinha Calais também provou e gostou... |
Outra oficina trabalhava pintura com a garotada |
As novas amigas, estudantes de Viçosa: Larissa, a baianinha Dani e Letícia. |
De quebra, o grupo apresentou uma receita para a fabricação de sabão a partir do óleo de cozinha já usado, que se jogado no ralo da pia causa muitos danos ambientais. |
Óleo com soda cáustica, com cuidados na hora da mistura, em função das reações químicas decorrentes ... |
Bem mexido... |
Uma manhã bem interessante e proveitosa. Veja que moçada bonita que veio de Viçosa! |
No retorno passei pela Comunidade de Santa Catarina, para dar uma carona. Aproveitei para tirar essa bela foto |
Saiba mais um pouco sobre essa ONG:
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenheiros_Sem_Fronteiras
O ESF já se estabeleceu em mais de 40
países. Frutos de iniciativas isoladas em seus respectivos países, esses grupos
estão diretamente envolvidas na elaboração e implantação de projetos de desenvolvimento
humano de cunho
regional ou internacional. Como grande diferencial, baseiam-se na utilização
das ferramentas apresentadas pela engenharia na solução de problemas endêmicos que
afetam primordialmente pessoas ou comunidades em situação de miséria.
A
maioria dos projetos desenvolvidos pelas associações sob a bandeira do ESF baseiam-se em parcerias de pequena e
média escala. Prosseguindo dessa maneira reduz-se custos inerentes a
organizações verticalizadas.
Na Universidade Federal de Viçosa (UFV) a ideia de criar um Núcleo
surgiu em 2008 por existirem dois motivos fortes para se identificar com o ESF:
conciliar o conhecimento acadêmico e as necessidades de segmentos mais carentes
da população além da superação da característica de valorização do capital e do
indivíduo que permeia o ensino de engenharia.
Obrigado por ter aceito o convite.
ResponderExcluirParabéns pela reportagem e também pelas belas fotos.
O texto ficou excelente.
Abraços.
vicente Clésio.
Prefeitura de Rosário da Limeira.
ResponderExcluirQue projeto lindo e proveitoso!
Há muito tempo sou fã da Juçara. Por todo lado, em nossas estradas e propriedades rurais, lá estão elas magrinhas, esbeltas, exibindo só bem lá no alto, suas folhas e seus frutos. Como princesas, resguardando a nobreza que herdaram. Cabe a nós enxergar essa beleza, aproveitar seus frutos sem "machucar a princesa". O arvoredo todo à sua volta agradece...
Palmito da Juçara, nem pensar. Há uma palmeira pupunha produzida comercialmente, para fins de extração de um palmito tão bom quanto o da juçara, só que de modo sustentável. É bom procurar saber mais com agrônomos para conhecer o cultivo.