A CIDADE GRANDE E SEUS COMPORTAMENTOS

O nosso povo de Belisário acha graça quando vê alguém da cidade fotografando coisas para nós banais e corriqueiras. Uma fruta no pé, uma criança descalça na rua, uma galinha no ninho...
Mas o comportamento na cidade é bem diferente dessa nossa rotina rural e aqui eu também fico observando as coisas diferentes hoje para mim, embora já tenha morado em 3 capitais.
E logo quero saber das coisas. Na rua Oscar Freire, próximo à casa de Clebinho e Pri, vi um grupo fotografando coisas mais distintas.
Eliane me explicou que existem vários grupos de amantes da fotografia. Esse é o Foto Jornada, que tem um líder. Uma vez por mês ele comunica ao grupo que estará em tal endereço, em tal horário. O grupo lá se junta e fotografa com total liberdade, me explicou ela. Arquitetura antiga, um casal que passa, ciclistas... Alguns somente pessoas, natureza, pássaros, já ela fotografa tudo que lhe interessa. 
Nessa , manhã de sábado, aqui na Oscar Freire, eram mais de 20 fotógrafos.

Outro assunto: a cidade tem sim os seus bolsões com graves problemas sociais. Mas, sem dúvidas, há muita coisa bonita para se admirar. Muitos bairros super arborizados e tudo muito bem mantido.
Tem também o lado cinza da cidade, como a Avenida Paulista, por exemplo, mas que também é muito bonita.
Mas o que eu quero focar agora é o grave problema de fazer deslocar uma massa de gente em meio a tantas realidades diferentes. O transporte de massa como metrô e trens, corredores de ônibus, BRT, VLT, 99 Táxi, Uber.. são opções que se complementam para essa missão. Depois vieram as bicicletas, as ciclovias, como você pode ver.
Mas a coisa não para. Clebinho vendeu o seu carro e optou pelo patinete. Pela manhã fomos levá-lo para consertar o pneu furado. Hoje ele se desloca de patinete para trabalhar, reuniões...
A borracharia fica a 4 quarteirões de sua casa.
Um novo mercado se abrindo. Segundo "Pelé" a cada dia aumenta a clientela de bike e agora vem chegando a do patinete.
Se você estiver fora do peso, melhor é comprar esse patinete.
Faltou um adaptador de bico para encher o pneu. Clebinho correu para as bikes, que ficam estacionadas em muitos pontos da cidade. Pegou uma e foi em casa buscar.
Pronto! Problema resolvido. Estamos de volta pra casa.
Ele vai de patinete e eu... vou de bike.
Ele paga uma taxa fixa por mês e no aplicativo libera a bicicleta para o uso.
Esse foi o meu primeiro transporte. Carro, tive somente depois de receber o canudo da Engenharia e trabalhar um ano na ferrovia.
E a magrela está devolvida em outro ponto perto da casa de Clebinho.
Por essas e outras que essa turma fica louca quando vê uma charrete, um carro de boi. A vantagem desses é que dispensam aplicativo. Basta balançar a rédea e fazer com a boca aquele barulho com a língua no céu da boca e colada nos dentes frontais, que não vou saber escrever.
Já tinha fechado a matéria e ouvi o ronco de um helicóptero. Opa! Tem também esse modal de transporte para a classe mais abastada. Aqui ao lado tem o Hotel Emiliano, também na Oscar Freire, onde alguns hóspedes chegam pelo céu.

Comentários

  1. Cléber: Ler sua descrição da vida em cidade grande é muito interessante e divertido. Ver as fotos também. Até nem me importo quando saem para viajar porque viajo junto, sem ter que fazer e desfazer malas ... mas sentimos muita saudade de você e Mirian por aqui !

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  2. Concordo em gênero, número e grau, Dona Nina.

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