O TRABALHO DIGNIFICA O HOMEM

Ouvi isso por muitos anos de meus pais. Eu lhe mostrei Governador Valadares, em matéria anterior, nessa minha viagem. Pois foi lá que comecei a trabalhar já maduro, entre 5 e 7 anos, vendendo picolé. Para impulsionar o meu negócio tinha um apelo de marketing do negócio. Gritava pelas ruas "picolé de groséu! Quem comprar vai pro céu". E por ai foi. 

Fiz de tudo nesse vida até me aposentar. Mas senti o desejo de voltar ao mercado e aproveitando esse efervescente nicho do mercado de noivas, aceitei uma proposta de ser motorista de uma delas, aqui em Salvador. Isso em parceria com o filho André, que me cedeu o carro.

Muito tenso, cheguei ao hotel onde a moça de branco me aguardava, num hotel pertinho do apê onde morávamos, em Ondina. 

Onde tínhamos direito a essa vista.

Lá vem Lorena. Não tenho experiência. Será que ela é mesmo uma noiva?

Linda, por sinal, junto com o pai.

No contrato reza que o motorista tem direito a duas fotos com a noiva, como forma de divulgação do seu trabalho.

Cerca de 10 minutos, com um trânsito muito tranquilo, próprio de uma tarde de sábado. Perdeu plaboy! Gritei pro fotógrafo que somente agora aparece.

Foi nesse local, já nosso conhecido. Fica perto da famosa Ladeira da Preguiça, e perto da Praça Castro Alves. Lembra de Elis cantando?

Essa ladeira, que ladeira é essa?

Essa é a ladeira da preguiça

Ela é de hoje

Ela é desde quando

Se amarrava cachorro com linguiça.

Com essa vista pra Baía de Todos os Santos.

Baiano não sabe brincar na hora de fazer uma festa. Leva a coisa muito a sério.

Um casamento simples requer poucos padrinhos. Apenas 22 de cada lado. Os donos do carro vão aparecer várias vezes. Isso também está no contrato.

Olha eles aí!

Do carro a noiva ia monitorando o público através de fotos no zap. Chegamos cedo e assim ela ia vendo as fotos que as amigas iam mandando, para não entrar com a igreja vazia.

Esses são padrinhos do noivo.

Muito lindo os preparativos para a abertura da porta e entrada da noiva. Sinos, um clarim tocando a marcha nupcial depois os outros músicos...

Nos bancos leques e caixinha de lenços para os convidados.

Rafael faz as suas promessas de amor eterno e fidelidade. Tem de ser os dois.

Entrada das alianças...

Legal isso. As mães são convidadas a abençoarem as alianças.

A mãe de Lorena faz isso na aliança de Rafael e a outra mãe, na aliança da nora. Depois cada uma volta a ser sogra.

Lorena também assume compromissos.

Os padrinhos de Rafael são nossos conhecidos. Muitos deles foram também padrinhos de André e Mari.

E tem mais gente conhecida aqui. São do condomínio.

Agora de frente.

Além de esperar o templo encher, teria de dosar o início da cerimônia, de forma a coincidir o término com o por do sol.

Todos a postos. 

Minha câmera não tem grandes recursos para pegar nessa hora uma linda foto.

Veja que um drone também auxilia na cobertura fotográfica.

Também com direito a um sorriso da baiana.

Gostei disso. Um violino com uma bateria eletrônica  fazendo toda a festa, com projeção das letras e das performances, no telão.

Mari e "azamigas".

Antes de ir embora uma passada por aqui, para alegrar a você que vai encarar uma sopa daqui a pouco, ou um boi ralado com arroz e ovo.

Gostei da experiência. Se quiserem me indicar estou aceitando propostas. Não sei se noiva chega de pick-up na igreja.